14 de novembro de 1921 - 14 de novembro de 2021
Vale rever a saborosa história desse carioca,
NOSSO VIZINHO ILUSTRE!
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UM ENDEREÇO, UMA VIDA, UMA HISTÓRIA. Os endereços de personalidades brasileiras ou estrangeiras que moraram na cidade do Rio de Janeiro, ao longo dos tempos.
14 de novembro de 1921 - 14 de novembro de 2021
É tanta baboseira sendo dita, e proposta, que vale reler pra saber quem é Mário Filho e o motivo da homenagem.
CHEGA DE APAGAR A HISTÓRIA!
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“Quando fui cantar no rádio pela primeira vez, levada por Custódio Mesquita, ao passar na varanda da Educadora, vi Noel. Estava sentado e ali continuou. Não deu bola nenhuma pra mim. Quando terminei de cantar ao microfone ele se aproximou: ‘Gostei muito, você cantou muito bem. De onde você é?”
“A partir de 1951 nos tornamos amigos. Ela saía sempre com o nosso grupo de boemia, que por essa época se constituía de Antônio Maria, Fernando Lobo, Paulo Soledade, Dorival Caymmi e uns quantos mais aderentes variáveis. Foi a época áurea da boate Vogue, do falecido barão Von Stuckart, onde Antônio Maria trabalhou uns tempos como relações-públicas. Na boca da madrugada, púnhamos Aracy no ‘seu táxi’ (pois ela tinha um praticamente a seu serviço) e lá partia ela para a sua casa no Encantado...Dois anos depois, eu lhe daria meu primeiro samba para gravar: o samba-canção, com música de Antônio Maria, “Quando tu passas por mim”.
“Não gosto de viajar. Por isto não fico rica, pois o que dá mais dinheiro no rádio são as excursões. Não acredito no dia de amanhã, vivo no presente. Gosto de assistir e atuar em televisão. Não gosto de rádio. Meu ideal era ser funcionária pública, para ter horário de trabalhar, pois em rádio não se tem horário. Por isto é que digo: os barnabés é que são felizes”.
Aracy, numa de suas últimas entrevistas, ao dramaturgo Antônio Bivar, em 1986, explicou melhor:
“Eu não tinha essa mania de ser jurada, não. Quem me botou foi o Paulinho de Carvalho. Eu fui fazer uma entrevista com a Hebe Camargo, e as besteiras que eu disse fizeram tanto sucesso, que eu tomei conta do programa. Então ele falou comigo: - Ora, Aracy, você não quer fazer um programa de calouro aqui na Record? Foi quando eu disse que não queria ser dona do programa, eu queria trabalhar como jurado. Então ele me botou naquele programa É Proibido Colocar Cartazes, com o Pagano Sobrinho”.
. na Rua dos Hospício (atual Rua Buenos Aires), onde nasceu
. Rua Senador Dantas
. Avenida Mem de Sá
. Avenida Meridional ( hoje Avenida Vieira Souto) onde construiu uma casa em terreno ganho em troca do texto da propaganda Praia Maravilhosa, publicada em O Paiz em 1917, quando Ipanema era um imenso areal.
... a Rua do Rosário era a melhor das nossas ruas, mesmo com as suas horríveis rótulas coloniais forradas a urupema, horríveis no feitio e na higiene, a sua valeta mal sulcada ao centro na terra crua e onde, além das águas em decomposição, davam rendez-vous os animais mortos, o cisco e até as dejeções humanas, desafiando a mais benevolente das pituitárias...
...Estava ela “vestida de um tafetá cor-de-rosa” (o cor-de-rosa e o azul-rei foram as cores de grande predileção colonial que, por vezes, não se esquecia da cor preta). Trazia, porém, a cabeça nua, sem carapuça e... completamente rapada!
Não revela o amável viajante as razões de tão insólita toilette capilar, muito principalmente numa época em que saíam colchões de dentro dos toucados. O que parece mais certo é ter havido, por parte do holandês, homem inteligente e esperto, um grande gesto de defesa. Por causa das dúvidas, tendo ele que apresentar uma mulher moça e bonita, e, logo numa ocasião propícia a certas expansões e a um padre, achou de melhor aviso apresentá-la sem cabeleira... No que fez muito bem.
O que não padece dúvidas é que a dama da sobremesa devia ser criatura muito bonita, uma daquelas cariocas de tez morena e lábios cor-de-rosa que, quando, à noite, punham, por acaso, o olho brilhante e meigo à urupema das rótulas, a rua inteira, fora, se iluminava toda como que batida por um clarão de luar."
(Recordações do Rio antigo, 1950.)
“Batida, no Ceará, é uma rapadura especial, feita com melado sovado e arejado a colher de pau, até o ponto de açucarar. Com que também perde o gosto de rapadura. Vira noutra coisa, devido à versatilidade do açúcar, que é um em cada consistência, e que é ainda um a quente e outro a frio. Que é ainda ostensivo ou discreto, acessório ou predominante, substantivo ou adjetivo segundo se combine ao duro, ao mole, ao líquido, ao pulverulento, ao pastoso, ao espumoso, ao sol e ao gel. Compor com açúcar é como compor com a nota musical ou a cor, pois uma e outra variam e se desfiguram, configuram ou transfiguram segundo os outros sons e os outros tons que se lhe aproximam ou avizinham. É por isso que tudo que se faz com açúcar ou se mistura ao açúcar pede deste a forma especial e adequada – que favoreça a síntese do gosto.”