quarta-feira, 21 de agosto de 2019

CHACRINHA



  . Avenida Atlântica, 2688 - Copacabana  


Este quase médico revolucionou a comunicação no rádio e na tv brasileiras.

“Alô, Terezinha”! 
Quem não se comunica se trumbica”. 


Bordões hilários, figurino extravagante e a buzina estridente inconfundível contribuíram para tornar Chacrinha um dos maiores comunicadores da televisão brasileira. O Velho Guerreiro exerceu seu talento único, entretendo, ao longo da carreira, os mais diversos tipos de público.


José Abelardo Barbosa de Medeiros, o Chacrinha (1917 - 1988) nasceu em Surubim, Pernambuco, em 30 de setembro de 1917 e foi nosso vizinho ilustre na Ilha do Governador, em Copacabana e na Barra, onde faleceu. 

Aos 10 anos de idade, sua família mudou-se para Campina Grande, na Paraíba. De volta à Pernambuco, aos 17, foi estudar no Recife e, em 1936, ingressou na faculdade de Medicina. No ano seguinte, teve o primeiro contato com o rádio na Rádio Clube de Pernambuco, iniciando ali sua carreira como locutor, ao dar uma palestra sobre alcoolismo. Apesar de sucessivas crises financeiras na família, Chacrinha teve uma infância tranquila.

Além de locutor, Chacrinha assumiu também no Recife as baquetas do Bando Acadêmico do Recife. 

Dois anos depois de ingressar na Faculdade de Medicina, em 1938, foi operado de uma apendicite supurada. Ainda convalescente da delicada cirurgia, decidiu viajar como baterista no navio Bagé rumo à Alemanha. Porém, naquele dia, estourou a Segunda Guerra Mundial e ele desembarcou no Rio de Janeiro, então capital federal, onde iniciou sua carreira radiofônica na Rádio Vera Cruz.

Em 1943, já trabalhando na Rádio Clube Niterói, lançou o programa de marchinhas de carnaval “Rei Momo na Chacrinha”. Em 1944, Abelardo criou o “Cassino da Chacrinha”. Fez tanto sucesso que passou a ser conhecido como Abelardo “Chacrinha” Barbosa. Pouco depois, assumiu o apelido como nome artístico.

Em 1956, estreou na TV Tupi com os programas Rancho Alegre e Discoteca do Chacrinha. 

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Em seguida, foi para a TV Rio ...

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...quando coroou Roberto Carlos como Rei       

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 Elke  despontando como jurada



e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. 


Chegou a fazer dois programas semanais: A Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis -  e perguntava “Vai para o trono, ou não vai?" - e a Discoteca do Chacrinha. Dois anos depois retornou à Tupi. Em 1978, transferiu-se para a TV Bandeirantes e, finalmente, em 1982, retornou à Globo, fundindo seus dois programas.

Cassino do Chacrinha foi o grande sucesso das tardes de sábado na TV Globo.

Os Jurados e as Chacretes

Os jurados ajudaram a criar o clima de farsa dos programas, marca registrada do comunicador, dos quais destacam-se Carlos Imperial, Aracy de Almeida, Rogéria, Elke Maravilha e Pedro de Lara, dentre tantos que passaram pelos programas.

Outro elemento para o sucesso dos programas para TV foram as chacretes: dançarinas, que faziam coreografias bastante simples e ingênuas para acompanhar as músicas. Além da coreografia ensaiada, as dançarinas recebiam nomes exóticos e chamativos como Rita Cadillac, Índia Amazonense, Fátima Boa Viagem, Suely Pingo de Ouro, Fernanda Terremoto etc. Apesar de vestidas de forma decorosa e rigorosamente acompanhadas pelo apresentador, que lhes proibia, por exemplo, encontrarem-se com fãs, elas fizeram parte do universo erótico de gerações de espectadores do programa. 

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Chacrinha com as chacretes, Rita Cadillac, a primeira à direita


Cinema

Chacrinha atuou em filmes brasileiros dos anos 60 e 70, geralmente interpretando ele mesmo. No filme Na Onda do Iê-iê-iê, de 1966, ele encena seu programa de calouros "A Hora da Buzina", exibido na TV Excelsior. Dentre os calouros, estavam Paulo Sérgio (como ele mesmo) e Silvio César (que interpretava o personagem César Silva).

Nos filmes, Chacrinha recita diversos de seus bordões: "Vai para o trono ou não vai?", "Como vai, vai bem? Veio a pé ou veio de trem?", "Cheguei, baixei, saravei". Há também outras frases engraçadas, quando ele diz que "Graças a Deus o programa acabou", ou então "Alguns calouros saem daqui contratados por alguma fábrica de discos, outros vão para a cadeia".

Carnaval e Morte

O Velho Guerreiro, assim chamado por Gilberto Gil em “Aquele Abraço”, foi homenageado pela Escola de Samba Império Serrano, em 1987, com o enredo "Com a boca no mundo - Quem não se comunica se trumbica". Foi a única vez que Chacrinha desfilou em uma escola de samba. Surgiu no último carro alegórico, que reproduzia o cenário de seu programa, rodeado pelas chacretes, por Russo (seu assistente de palco) e por Elke Maravilha.

Durante o ano de 1988, já doente, foi substituído em alguns programas por Paulo Silvino. Ao voltar à cena, no mês de junho, passou a comandar o programa com João Kléber.

Faleceu no dia 30 de junho de 1988, aos 70 anos, às 23h30, de infarto do miocárdio e insuficiência respiratória (tinha câncer no pulmão).

Em setembro de 87, seu aniversário de 70 anos foi comemorado com um jantar oferecido em sua homenagem pelo então Presidente da República, José Sarney.

O último programa “Cassino do Chacrinha” foi ao ar em 2 de julho de 1988. 


Curiosidades:

. Quando o bacalhau encalhou nas Casas da Banha, seu patrocinador na TV Tupi, Chacrinha arrumou um jeito de reverter a situação. Durante o programa, virava-se para o auditório:

"Vocês querem bacalhau?" 

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A plateia disputava a tapa o produto. As vendas explodiram e ele explicou: "Brasileiro adora ganhar um presentinho." 

. A cidade do Rio homenageou o Velho Guerreiro com uma estátua na Lagoa, na confluência das Ruas General Garzon e Lineu de Paula Machado. Ela foi erguida, em meados de 2010 e é obra do artista IQUE.


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sábado, 10 de agosto de 2019






Clique na imagem acima e reveja um pouco da sua trajetória




WALTER CLARK


No mês que se comemora o Dia da Televisão, dois nomes que marcam esse veículo de comunicação.

 Rua Baronesa de Poconé, 233, Lagoa  



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Walter Clark Bueno, ou somente Walter Clark ( 1936 - 1997) nasceu em São Paulo,mas mudou-se aos seis anos de idade para a capital carioca, onde começou a trabalhar aos 16 anos de idade, na Rádio Tamoio, de propriedade de Assis Chateaubriand. Lá ele desempenhou as funções de secretário e auxiliar do radialista Luís Quirino.



Imagem relacionadaSua carreira ganhou grande impulso a partir de 1956, aos 20 anos, quando foi contratado pela TV Rio, primeiro como assessor comercial, passando por diversos cargos até chegar a principal diretor executivo.

Na TV Rio implantou um conceito de faixa nobre na programação, um telejornal inovador, o telejornal Pirelli, e novelas que arrebataram o Brasil. Até 1962, a programação das tevês era irregular, não obedecia a um esquema fixo, segundo o tipo de programa o público de cada faixa horária. Foi Walter, junto com José Otávio de Castro Neves, que lançou naquele ano, na TV Rio, o “Esquema 63”: cada horário com um mesmo tipo de programa, ao longo de toda semana. A essa forma de distinguir a programação eles deram o nome de “grade”, até hoje em uso.

Em 1965 foi chamado por Roberto Marinho para assumir a direção executiva da TV Globo, com a finalidade de reestruturar a área comercial da jovem emissora e reformular a programação.
Um acontecimento marcou a vida de Clark à frente da Globo, e da própria emissora, quando toda a programação foi interrompida para que apenas o jornalismo fosse veiculado, cobrindo por três dias consecutivos as enchentes que assolaram o Rio de Janeiro.
Uma campanha, denominada SOS Globo, tornou a emissora simpática à opinião pública, que começou a ganhar mais telespectadores.


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Walter Clark teve papel decisivo em processos como o desenvolvimento do padrão Globo de qualidade, a implementação do conceito de grade (a programação pensada verticalmente, nas diferentes faixas horárias, e horizontalmente, nos diferentes dias da semana), a profissionalização da publicidade na TV e a modernização em geral do modelo de negócios da TV aberta . 

Clark trouxe para a Globo um nome que também marcou história na empresa da família Marinho: José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, com quem Clark havia trabalhado na TV Rio. Harmoniosa, no princípio, a dupla estabeleceu um jornal (o Jornal Nacional) entre duas novelas, um sucesso na grade da emissora, contando também com o trabalho de Armando Nogueira, um dos mentores do telejornal até hoje no ar.

Sob sua administração, e com a parceria com Boni, outros sucessos da emissora do Jardim Botânico foram criados, como o "Fantástico", "Globo Repórter" e "Globo de Ouro", este último na esteira do "Festival Internacional da Canção", que teve sua primeira edição em 1967.

O nome de Walter Clark ficou tão forte na Globo que chegou a superar até o de Roberto Marinho, o que acabou tornando o relacionamento entre os dois conflituoso. Extremamente talentoso e com algo de visionário,  Walter Clark era também dono de uma vaidade sem limites, traço de personalidade que com o tempo inviabilizou sua permanência na televisão. A saída de Clark da Globo aconteceu em 1977.

Depois da marcante passagem pela emissora, atuou como produtor de cinema, em filmes que tiveram boa repercussão, como "A Estrela Sobe", "Bye Bye Brasil" e "Eu Te Amo", entre outros.

De volta à televisão, em 1981, foi diretor-geral da Rede Bandeirantes, mas por pouco tempo, permanecendo na emissora paulista do Morumbi apenas por um ano.
Voltou à TV Rio em 1988, escreveu sua autobiografia com o jornalista Gabriel Priolli, intitulada "O Campeão de Audiência", publicada em 1991 - onde se disse traído por Boni -  e foi também vice-presidente do Flamengo e presidente da Fundação Roquete Pinto, entre 1991 e 1992.

Casamentos, de fato, foram cinco. O primeiro, aos 22 anos, com Vânia Rocha de Assis, garota-propaganda da TV Rio, com que teve uma filha, Flávia. Ambas já morreram. Segundo foi em 1961, com Sandra Sodré, vedete dos programas de Chico Anísio. O terceiro, com Ilka Soares, em 1962, que lhe deu Luciana. O quarto com Maria do Rosário Nascimento e Silva, em 1970, mãe de Eduarda. E o último em 1987, com Rosana Uva,  com quem teve Amanda. De uma relação breve com Fernanda Bruni, em 1976, nasceu o filho Fernando.

Entre os romances, mais ou menos efêmeros, incluem-se muitas artistas e socialites. No primeiro caso, a lista tem Sandra Bréa, Bete Faria, Sônia Braga e Dina Sfat. No segundo, Lilian Sayão, Silvia Faulkemburgo, Ângela Nabuco. O caso com Sônia Braga foi um dos mais comentados, mas durou pouco, apenas o verão de 1979. “Se com Bete (Faria) eu já viração atração turística quando saíamos à rua, com a Sônia, que estava no auge do sucesso de Dancin’ Days, era quase um evento. Tiravam fotografia, vinham conversar, as crianças pediam autógrafo.”

Mas o romance mais tempestuoso foi com Regina Léclery, ex- Simonsen nascida Rosemburgo, locomotiva carioca que morreu no desastre do avião da Varig em Orly, em 1973. Por causa dela, terminou o casamento com Ilka Soares e quase, também, o com Maria do Rosário.

Ele deixou quatro filhos: Luciana, filha do casamento com Ilka Soares; Eduarda, filha de Clark e Maria do Rosário Nascimento e Silva; Fernando,  filho do casamento com Fernanda Bruni, e Amanda, do casamento com Rossana ClarkA quinta filha de Walter Clark, Flávia,  filha de Vânia Rocha de Assis, garota-propaganda da TV Rio, morreu em um desastre no mesmo dia do nascimento de Fernando. Em homenagem à filha, Clark deu à sua produtora o nome de Flávia Filmes.

Walter Clark,  foi nosso vizinho ilustre no bairro da Lagoa, na cobertura da Rua Baronesa de Poconé, 233.

O salário mensal de Walter, estimado à época em 1,5 milhão de cruzeiros, lhe permitia um alto padrão de vida. Nessa cobertura duplex com 1 200 metros quadrados encontravam-se móveis coloniais, poltronas modernas, porcelana chinesa, pequenas esculturas egípcias em ferro, budas autênticos, bichos javaneses, tapetes persas, elefantes em louça da índia. Nas paredes, quadros de Manabu Mabe, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, João Câmara Filho, Djanira da Motta e Silva, além de quatro reproduções de Victor Vasarely assinadas.

As sequências do filme "Eu Te Amo" (1980), de Arnaldo Jabor, ( e produzido por Walter Clark) foram filmadas no interior desse apartamento.


Walter Clark morreu em seu apartamento no Rio de Janeiro, em 24 de março de 1997, aos 63 anos, vítima de insuficiência cardíaca e respiratória.


Curiosidade

3 de dezembro de 1978, final do Campeonato Carioca de 1978. A decisão, disputada em um Flamengo x Vasco, tornou-se marcante. Depois de perder o jogo decisivo do ano anterior para o mesmo rival, a equipe de Gávea foi campeã com um gol antológico, marcado aos 42 minutos do segundo tempo pelo zagueiro Rondinelli, que entrou para a história rubro-negra como “Deus da Raça”.

 O que poucos se lembram é que aquele time era comandado, nos bastidores, por uma figura muito conhecida da Televisão. Walter Clark.

Walter Clark foi um dos principais aliados de Márcio Braga nos primeiros dois mandatos do cartola rubro-negro.Mas ele acabou se decepcionando com o presidente.
Indicado à vice-presidência de futebol, o primeiro contato de Clark com os atletas foi num dia de treino, no vestiário.


" Em meu discurso, disse aos atletas que não estava ali de brincadeira, só para aparecer – isso eu já conseguia naturalmente, sem o Flamengo. Afirmei que estava ali para ser campeão e ainda naquele ano, apesar da nossa péssima situação no campeonato."

 A grande surpresa, porém, fica por conta das palavras de Clark com relação a Rondinelli. Autor do histórico gol do título do Campeonato Carioca de 1978, contra o Vasco, o Deus da Raça não contava com a preferência do vice-presidente de futebol. Ele mesmo conta a história:

"O Rondinelli, zagueirão, não me despertava a menor simpatia. Cometia muitas ingenuidades, errava quando não podia. (…) Eu queria vendê-lo de qualquer jeito, mas a torcida gostava dele. Chamava-o de “Deus da Raça” e tive de me calar. Para minha surpresa, foi justamente ele quem fez o gol que nos deu o título. Subiu para a área, cabeceou e liquidou a fatura."


quinta-feira, 1 de agosto de 2019

ROBERTO BURLE MARX


  . Estrada Roberto Burle Marx, 2019 - Barra de Guaratiba  




“Nos 110 anos de seu nascimento, 
quem sabe iniciamos a recuperação 
de parte de seu importante legado carioca”.
 Sergio Magalhães



Imagem relacionadaO artista plástico  nasceu em São Paulo (1909-1994) , filho de um judeu alemão e de uma pernambucana descendente de franceses. Ainda criança, se mudou com a família para o Rio de Janeiro, onde passou a maior parte da vida e morreu aos 84 anos.

Arquiteto por formação, foi também desenhista, pintor, gravador, litógrafo, escultor, tapeceiro, ceramista, designer de joias e decorador.

Sua infância foi passada no Rio de Janeiro, quando, aos 19 anos, seguiu com a família para a Alemanha, para cuidar de um problema nos olhos que quase lhe custou a visão. Curiosamente, foi lá que ele despertou sua atenção para as artes e para as plantas nativas do Brasil, depois de visitar o Jardim Botânico de Dahlen, em Berlim, onde se integrou à vida cultural da cidade, frequentando teatros, óperas, museus e galerias de arte, travando contato com as obras de pintores como Van Gogh, Picasso e Paul Klee.

De volta ao Brasil, vizinho de Lúcio Costa no bairro carioca do Leme, veio do amigo arquiteto o incentivo para que se matriculasse na Escola Nacional de Belas Artes, que hoje pertence à UFRJ. Ali teve a oportunidade de conviver com outros grandes nomes conhecidos mundo afora, como Oscar Niemeyer e Hélio Uchôa.

Resultado de imagem para jardim para a residência da família Schwartz burle marxData de 1932 seu primeiro projeto de jardim para a residência da família Schwartz, no Rio de Janeiro, (foto ao lado) a convite dos arquitetos Lucio Costa e Gregori Warchavchik.

Entre 1934 e 1937, ocupou o cargo de diretor de parques e jardins em Recife, onde passou a residir. Nesse período, vinha com frequência ao Rio de Janeiro para assistir as aulas de Candido Portinari e Mário de Andrade, no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal.

Em 1937, retornou definitivamente ao Rio de Janeiro e começou a trabalhar como assistente de Candido Portinari, datando desta época a integração de sua obra paisagística à arquitetura moderna, experimentando formas orgânicas e sinuosas na elaboração de seus projetos.

Burle Marx foi Nosso Vizinho Ilustre em Barra de Guaratiba.

Em 1949, o paisagista adquiriu, junto com seu irmão Guilherme,  um sítio de 800.000 m², no Rio de Janeiro - Sítio Santo Antônio da Bica -   e por lá existia apenas uma grande plantação de bananas, uma casa antiga de fazenda e uma pequena capela do séc. XVII, dedicada a Santo Antonio. Burle Marx resolveu restaurar as construções e levou para o sítio toda a sua coleção de plantas, que começou quando ele tinha apenas 7 anos. Tudo nesse espaço de 468.500m² foi levado por Roberto Burle Marx, que em companhia de botânicos, realizou inúmeras viagens por diversas regiões do país para coletar e catalogar exemplares de plantas, reproduzindo em sua obra a diversidade fitogeográfica brasileira. Roberto se mudou definitivamente para o sítio em 1973.

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Sua obra atinge uma linguagem particular a partir da década de 1950. A tendência para a abstração consolida-se e a paleta muda, passando a incluir muitas nuances de azul, verde e amarelo mais vivos. Em suas telas o trabalho com a cor está associado ao desenho, que se sobrepõe e estrutura a composição. Inspirando-se constantemente em formas da natureza, suas pinturas e desenhos refletem a indissociável experiência de paisagista e botânico

Na década de 1970, tem marcante atuação como ecologista, defendendo a necessidade da formação de uma consciência crítica em relação à destruição do meio ambiente.

O estudo da paisagem natural brasileira é um elemento fundamental nos projetos de Burle Marx. Sua obra tem caráter inovador: trabalha como botânico e pesquisador, realiza excursões pelo país, descobre espécies vegetais, incorpora as plantas do cerrado, espécies amazônicas e do sertão nordestino em suas obras. Inclui em seus parques e jardins elementos arquitetônicos como colunas e arcadas, encontrados em demolições; utiliza ainda mosaicos e painéis de azulejos, recuperando a tradição portuguesa.

O Sítio Santo Antônio da Bica foi doado ao governo federal em 1985, passando a chamar-se Sítio Roberto Burle Marx, e constitui um valioso patrimônio paisagístico, arquitetônico e botânico.

“Obras tombadas de Burle Marx formam um roteiro único 
que começa nos jardins do Palácio Capanema,
 vai à praça do aeroporto Santos Dumont, 
inclui o Parque do Flamengo, 
presente monumental que a cidade recebeu 
do talento desse artista 
e de gestores públicos de grande competência, 
chegando, depois, na obra-prima 
de mosaicos de pedra portuguesa da Avenida Atlântica, Copacabana, bairro que é a síntese do Rio para o mundo”.

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Com 7 quilômetros de extensão, o parque inclui os jardins do Museu de Arte Moderna, do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, além da praça Salgado Filho, em frente ao aeroporto Santos Dumont.<br>

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