sábado, 15 de dezembro de 2018

Sábado era sempre ...


... dia de SABADOYLE!

O sarau literário semanal de Ipanema, que reuniu escritores no sábado, na casa de Plínio Doyle, foi batizado com esse nome pelo poeta Raul Bopp .

Durante 34 anos, a partir de 1964, Plínio Doyle  foi o anfitrião desses encontros semanais, e em 1975, até o ex-presidente Juscelino Kubitschek marcou presença. Nas reuniões, só não se falava de política nem de religião.

Advogado e bibliófilo, Plínio Doyle tinha outro prazer: o de pesquisador. E buscava nos arquivos da Justiça autos de processos que tivessem ligação com a literatura. Foi assim que encontrou no forum do Rio de Janeiro duas pérolas: o testamento do Senador José Martiniano Pereira de Alencar, pai do romancista José de Alencar e os autos do processo criminal sobre a morte de Euclides da Cunha.

 Identificado com esse tempo de festas, existe um livro O Natal no Sabadoyle, uma edição comemorativa das atas de Natal escritas pelos frequentadores do Sabadoyle.
Desse livro, os versos finais do poema de Carlos Drummond de Andrade , que diz


"(...) Mas tenho que concluir a versalhada
antes que soe a hora da consoada,
pois é Natal, ou quase, nestas salas
em que os livros, amados, formam alas,
agradecendo, num carinho mudo,
o que por eles faz o Plínio: tudo
que se chame cuidado, zelo, amor
de desvelado colecionador,
e os convivas, em roda, tecem loas,
por todas essas coisas muito boas,
ao amigo leal, firme, sem balda,
junto à doce presença de Esmeralda."


Em tempo: Esmeralda era esposa de Plinio Doyle


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NOSSO VIZINHO ILUSTRE
Plínio Doyle.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018