domingo, 23 de abril de 2017

O blog tem como tema em ABRIL ... 

que faz aniversário neste mês.

A cada semana um nome identificado com o bairro!

NOSSOS VIZINHOS ILUSTRES de ABRIL

. Millor Fernandes
. Albino Pinheiro
. Plinio Doyle 
. Maria Clara Machado e Aníbal Machado

sábado, 22 de abril de 2017

MARIA CLARA MACHADO e ANIBAL MACHADO


 .Rua Visconde de Pirajá, 487 -  Ipanema  



Autora de famosas peças infantis e fundadora do Tablado, escola de teatro do Rio de Janeiro, Maria Clara Machado (1921-2001), filha do escritor, professor e homem de teatro, Aníbal Machado (1894 - 1964) nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, mas aos quatro anos de idade veio morar em Ipanema.

Quando ela era criança, sua casa era um ponto de encontro de intelectuais, amigos de seu pai – nas palavras dela, "Um romântico comunista". Entre os grandes nomes que frequentavam as reuniões estavam Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Di Cavalcanti, Goeldi, Guignard, Portinari, Otto Lara Rezende, Rubem Braga, João Cabral de Melo Neto, Moacyr Scliar e Tônia Carrero. Até passaram por lá Albert Camus e Pablo Neruda.

Em 1951, ela fundou uma das maiores escolas de teatro do Brasil, o Tablado. Considerada a maior autora de teatro infantil do país, Maria Clara Machado escreveu quase 30 peças infantis, sendo “Pluft, o fantasminha”, de 1955, sua obra mais completa e o texto mais montado em teatro, também lançado na TV e no cinema.

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 cartaz da peça, de 1955

Recebeu vários prêmios ao longo de sua vida, inclusive o Prêmio Machado de Assis, em 1991, dado pela Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo conjunto de sua obra.



Aníbal Machado apesar de sua atuação no meio literário, o primeiro livro, um ensaio sobre cinema, surgiu apenas em 1941, quando já tinha 46 anos.

 Na ficção, sua estreia em livro foi Vida Feliz, em 1944. Destacou-se como contista com textos antológicos, como Tati, a Garota e A Morte da Porta-Estandarte, que na década de 1960 ganharam versões para o cinema, com colaboração do próprio Aníbal nos roteiros. Um grande sucesso das telenovelas da Rede Globo - Felicidade, de 1991- foi a adaptação de Manoel Carlos para vários contos de sua obra.

Atuou também na crítica, em diversos periódicos, entre as décadas de 30 e 60, abrangendo estudos sobre literatura, artes plásticas, cinema e teatro.





Maria Clara e Aníbal Machado foram nossos vizinhos ilustres da famosa residência da Rua Visconde de Pirajá, 487, em Ipanema.  Aníbal Machado é lembrado até hoje por sua capacidade criativa e de agregar e manter à sua volta todos os talentos possíveis que marcaram e surgiram em uma  Ipanema mágica. Acolhia as famosas "domingueiras do Aníbal", em que todos eram bem vindos e discutia-se Freud e Kafka com a mesma energia com que se dançava foxtrote e boogie woogie. 

Essas reuniões semanais que, de 1935 às vésperas da morte, ele promoveu em sua casa, começaram, primeiro,  na Rua Francisco Sá, 12, onde residiu em Copacabana, e  depois  em Ipanema. Sempre ao lado das seis filhas (entre elas, Maria Clara Machado) e de Selma, a cunhada com quem se casou ao enviuvar de Aracy.

Curiosidade

Aníbal Machado foi também... jogador de futebol e participou do primeiro time titular do Clube Atlético Mineiro, em 1909, entrando para a história do clube por ter marcado o primeiro gol da história do Clube Atlético Mineiro.Quando jogava no Atlético, Aníbal Machado tinha o apelido de Pingo.


sábado, 15 de abril de 2017

PLINIO DOYLE



 . Rua Barão de Jaguaripe, 64 - Ipanema  


Em seu primeiro livro, a autobiografia Uma Vida, Plinio Doyle (1906 - 2000) recorda suas visitas ao centro da cidade. Nos anos da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), ele acompanhava o pai para saber as últimas notícias do conflito.

"Depois do jantar, costumava pegar com meu pai o bonde Ipanema/Túnel Velho, que passava em frente à nossa casa, na Rua General Polidoro, em Botafogo, e ia até a Galeria Cruzeiro, na Avenida Rio Branco. Lá, na porta do jornal O Paiz, conseguíamos obter notícias do dia: um jornalista com letra boa escrevia num quadro- negro enorme, pendurado na porta do jornal."

Aos 19 anos, quando escolheu a carreira que iria seguir, Plínio Doyle, não imaginava que a paixão pelos livros lhe daria notoriedade. Apesar de ter sido advogado de grandes editoras, como a José Olympio, e procurador da Fazenda Nacional, foi sua "profissão" de bibliófilo que o levou a colecionar 25 mil volumes de literatura brasileira, entre livros, jornais e revistas. E a ficar amigo de escritores como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Pedro Nava, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Afonso Arinos, José Lins do Rego e Otto Lara Resende, entre outros.

Sentado em seu escritório no apartamento de Ipanema, cercado de livros e de fotos, Plínio Doyle relembra o início: "ao ler um elogio de Machado de Assis a uma peça de José de Alencar chamada “Mãe”, resolvi adquirir a obra. Fui então ao centro da cidade procurar a peça do Alencar e comecei a frequentar a Livraria Quaresma, um sebo na Rua São José". Ele se lembra também de ter lido, aos 11 anos, Dom Casmurro, de Machado de Assis.

Desde a infância, Plínio foi um leitor contumaz, influenciado pelo pai, Leopoldo Doyle Silva, funcionário público e professor de matemática. Foi justamente de Machado de Assis que Plínio amealhou o maior número de livros: 630 volumes, incluindo 75 traduções.

Em 1986, para avaliar o verdadeiro tesouro que tinha em casa, Plínio Doyle contou com a ajuda de Carlos Drummond de Andrade, um de seus melhores amigos, fundador do sarau literário semanal que, por reunir escritores no sábado na casa de Plínio, foi batizado pelo poeta Raul Bopp de sabadoyle. As primeiras reuniões foram iniciadas em 1964, na casa em que Plínio morava (nosso vizinho ilustre em Ipanema) na rua Barão de Jaguaripe, 64 e  mais tarde, o sabadoyle, frequentado por cerca de 15 escritores, passou a ser no apartamento-biblioteca, ao lado da casa, na rua Barão de Jaguaripe, 72 apartamento 201.

Dos sabadoyles, participavam, além de Drummond, Pedro Nava, Afonso Arinos, Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Homero Homem, Cyro dos Anjos e Raul Bopp, entre outros escritores.

Em 1988, sua biblioteca - que tinha 300 volumes só da obra de Carlos Drummond de Andrade - foi vendida para o Ministério da Cultura e então transferida para a Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio.
Coleção Plínio Doyle
Conjunto de cerca de 25.000 livros e 1.788 títulos de periódicos, alguns de extrema raridade, formado pelo seu criador ao longo de mais de 60 anos de persistente pesquisa. Inclui prosa, poesia, ensaios críticos, edições de arte, traduções, bem como revistas e jornais literários dos séculos XIX e XX.
Dentre os livros, cerca de 3.000 são considerados obras raras, havendo inúmeras primeiras edições e muitos exemplares com dedicatórias autografadas.

Doyle foi presidente do Sindicato dos Escritores, diretor da Biblioteca Nacional e tem em sua biografia o fato de ter criado uma academia de letras, sem fardão e sem jeton, que, ao contrário da Academia Brasileira de Letras, pôde contar com Carlos Drummond de Andrade entre seus membros.

Plínio guardou 12 volumes de atas do sabadoyle. Em 34 anos, ele faltou a apenas duas reuniões: uma, em 1985, porque estava no hospital, e a outra, em 1981, porque foi visitar sua única filha, Sônia, em Brasília, logo depois do falecimento de sua mulher Esmeralda.

Fotos de sabadoyles
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Da esquerda para direita, em pé: Péricles Madureira de Pinho, Severo da Costa, Maximiano de Carvalho e Silva, Homero Homem, Peregrino Júnior, Esmeralda Doyle, Pedro Nava, Carlos Drummond de Andrade, Joaquim Inojosa,Bernardo Élis, Jesus Belo Galvão, Américo Jacobina Lacombe, Paulo Berger, Mário da Silva Brito, Olímpio Monat;sentados: Fernando Monteiro, Raul Lima, Álvaro Cotrim, Sonia Doyle, Gilberto Mendonça Teles, Plínio Doyle, MuriloAraújo, Rita Moutinho Botelho, Alphonsus de Guimarães Filho, Horácio de Almeida e Raul Bopp.


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 Depois de 1.708 reuniões, os encontros deixaram de acontecer em 1998. Plínio já se sentia cansado para receber os convidados.

"Só não falávamos de política e religião porque são assuntos complicados,
que podiam gerar polêmica. Talvez, por isso, o sabadoyle tenha durado 34 anos".

Doyle morreu no Rio, aos 94 anos, de insuficiência respiratória decorrente de uma pneumonia.



domingo, 9 de abril de 2017

ALBINO PINHEIRO



 . Rua Saddock de Sá, 145 - Ipanema  

Em 1959, o artista plástico Ferdy Carneiro convidou alguns amigos para passar o feriado em Ubá , dentre eles Albino Pinheiro( 1934-1999).

Lá ficaram deslumbrados com a irreverente Philarmônica Em Boca Dura, grande atração do carnaval local: cavalheiros de ternos brancos surrados e damas em vestidos senhoriais que ostentavam instrumentos que não faziam a mais vaga ideia de como tocar (uma outra banda “verdadeira”, discretamente, fazia o trabalho). Seis carnavais mais tarde, uns 30 gatos pingados, capitaneados por Ferdy e Albino se inspirariam na verve zombeteira e anárquica da Philarmônica para fundar a Banda de Ipanema.

Albino Pinheiro foi um homem que teve o Rio na alma.

Procurador do Estado, ficou conhecido por ações, não as da justiça, mas as culturais que promovia com enorme sucesso como o projeto Meio-dia e meia e o  Seis e Meia, que durante 22 anos, a partir dos anos 70, atraiu multidões à Praça Tiradentes, no Teatro João Caetano , e reuniu a nata da MPB.

Crítico e pesquisador de música popular foi um festeiro-mor, trazendo pra zona sul a boemia da Lapa e as tradições dos carnavais do subúrbio. Daí ser considerado como um  dos mais célebres personagens da música e da vida boêmia do Rio de Janeiro


Albino Pinheiro foi nosso vizinho ilustre, no bairro de Ipanema
no terceiro andar da Rua Saddock de Sá, 145.




Diziam que Albino era movido por quatro paixões: cerveja, carnaval (era portelense), futebol (torcia pelo Fluminense) e sua única filha Paula Pinheiro. Foi considerado pelo jornalista e escritor Fausto Wolff como " o maior prefeito que essa cidade já teve sem nunca ter sido prefeito" e " maior poeta que não escreveu um verso e maior compositor que não escreveu um samba".

No cinema, o documentário Folia de Albino , do ano 2003 (do também cofundador da Banda de Ipanema e falecido cineasta Paulo Cesar Saraceni), traz uma série de depoimentos sobre Albino.

Em 2008, a Escola de Samba Alegria da Zona Sul, apresentou como enredo "CHEGOU O GENERAL DA BANDA! ALBINO PINHEIRO, A ALEGRIA DO RIO"



Curiosidade

Albino Pinheiro costumava dizer que no Rio de Janeiro jamais morreria sozinho. Dito e feito. Cantando e chorando a Banda de Ipanema o acompanhou ao cemitério João Batista.



sábado, 1 de abril de 2017

MILLÔR FERNANDES



 . Avenida Vieira Souto, 594, cobertura -Ipanema  


Resultado de imagem para millôr fernandesDesenhista, tradutor, jornalista, roteirista de cinema e dramaturgo, Millôr Fernandes (1924-2012)  foi um raro artista que obteve grande sucesso, de crítica e público.

Millôr sempre fez piada em relação ao seu registro de nascimento. Costumava brincar que percebeu somente aos 17 anos que o seu nome havia sido escrito errado na certidão: onde deveria estar Milton, leu “Millôr” (o corte da letra “t” confundia-se com um acento circunflexo, e o “n” com um “r”). Seja como for, gostou do novo nome e o adotaria a partir de então. “Milton nunca foi uma boa escolha”, comentaria anos mais tarde, durante uma entrevista. A data de nascimento também não estaria correta: em vez de 27 de maio de 1924, ele teria nascido em 16 de agosto do ano anterior.


Seu pai, engenheiro emigrante da Espanha, morreu em 1925, com apenas 36 anos. A família começou então a passar dificuldades e sua mãe lutou bravamente para poder sustentar os quatro filhos. Apesar do aperto, Millôr teve uma infância feliz, ao lado de dez tios, 42 primos e primas e da avó italiana Concetta de Napole Viola. A chegada ao Brasil das histórias em quadrinhos, em 1934, fazem Millôr dar vazão à criatividade e, sob a influência de seu tio Antônio Viola, tem seu primeiro trabalho publicado em um órgão da imprensa -  O Jornal, do Rio de Janeiro -  tendo recebido o pagamento de dez mil réis.

Em mais de meio século de atuação permanente na imprensa, no teatro, na literatura e nas artes plásticas tornou-se uma das maiores personalidades de seu tempo. Combativo (“hay gobierno, soy contra”) como poucos, praticou o ideal de independência intelectual, tendo sido perseguido pelas ditaduras que assolaram o país. Escreveu, traduziu e adaptou mais de uma centena de peças de teatro (Shakespeare, Pirandello, Molière, Racine, Brecht, Tchekov, Gorki, Fassbinder e muitos outros). Dentre as peças de sua autoria destacam-se Liberdade, liberdade (com Flávio Rangel), É..., Homem do princípio ao fim, Flávia, cabeça, tronco e membros, Um elefante no caos e Os órfãos de Jânio. Escreveu ainda 30 anos de mim mesmo, O livro vermelho dos pensamentos de Millôr, Todo o homem é minha caça, Tempo e contratempo, Poesias, Millôr definitivo – A Bíblia do Caos, entre dezenas de outros livros editados.

De 1930 a 1935, Millôr estudou na Escola Ennes de Souza, por ele chamada de Universidade do Meyer, mas que na verdade era uma escola pública. Diz dever tudo o que sabe a sua professora, Isabel Mendes, depois diretora e hoje nome da escola. Emociona-se ao falar sobre ela "uma mulatinha magra e devotada, que me ensinou tudo que se deve aprender de um professor ou de uma escola: gostar de estudar. Depois disso, pode-se ser autodidata. Escola, a não ser para campos técnicos-experimentais, é praticamente inútil”.

Após a morte da mãe, em 1935, também aos 36 anos, os irmãos Fernandes enfrentaram ainda maiores dificuldades.

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 Em 1938, foi contratado pelo Dr. Luiz Gonzaga da Cruz Magalhães Pinto para entregar o remédio para os rins "Urokava" em farmácias e drogarias. Durou pouco esse emprego. Logo ingressou na pequena revista O Cruzeiro, atuando como contínuo e repaginador. A redação nessa época tinha, além de Millôr, mais dois funcionários: um diretor e um paginador. Anos mais tarde, O Cruzeiro chegou a vender mais de 750 mil exemplares semanais. Ciente da necessidade de se aprimorar, Millôr ingressa no Liceu de Artes e Ofícios e sua carreira no jornalismo decola.

Em 1944 já é co-diretor da revista A Cigarra e, em 1945, inicia a publicação da coluna "Pif-Paf", em O Cruzeiro.

A partir de 1950, faz colaboração diária no jornal Diário da Noite. 


No jornal Tribuna da Imprensa, Millôr trabalhou apenas sete dias. Foi demitido por ter escrito um artigo sobre a corrupção na imprensa. Os editores, o poeta Mário Faustino e o jornalista Paulo Francis pediram também demissão em solidariedade.

Em 1963, com a publicação da matéria "Esta é a Verdadeira História do Paraíso", doze páginas em cores, o jornalista provoca a ira da própria revista e de leitores católicos e encerra sua carreira em O Cruzeiro. A partir de 1964, e até 1974, colabora semanalmente no jornal Diário Popular, de Portugal. A página mereceria um comentário especial do ditador Oliveira Salazar: "Este gajo tem piada. Pena que escreva tão mal o português”.

Sua passagem pela TV foi também marcada pela censura: Juscelino Kubitschek, o mais liberal de todos nossos ex-presidentes, censurou seu programa "Lições de um Ignorante". Saiu do ar após uma crítica à primeira dama do país: "Dona Sarah Kubitschek chegou ontem ao Brasil depois de cinco meses de viagem à Europa e foi condecorada com a Ordem do Mérito do Trabalho”. 

Considerado pelo crítico e poeta Fausto Cunha "um dos poucos escritores universais que possuímos", Millôr Fernandes atuou nos principais veículos de comunicação do Brasil, como o Correio da Manhã, revista Diners, revista Veja, O Pasquim, revista Isto É, Jornal do Brasil, O Dia, Folha de São Paulo e Correio Brasiliense, entre outros.

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Embora carioca do Méier, o edifício que leva uma placa com seu nome fica em Ipanema. 
Foi nosso vizinho ilustre na cobertura da Avenida Vieira Souto 594 , esquina com a Rua Aníbal de Mendonça. E como gostava de coberturas, em uma outra cobertura, na Rua Gomes Carneiro, teve seu escritório.


Homenageado pela Escola de Samba Acadêmicos do Sossego, de Niterói, em 1983, Millôr foi um dos precursores do frescobol na praia de Ipanema.

Millôr morreu em 27 de março de 2012, aos 88 anos, no Rio.



Curiosidade 

É de autoria do arquiteto Paulo Casé o painel que ficará na portaria do prédio da Vieira Souto, onde Millôr viveu por 30 anos. A obra mostra a figura do escritor dizendo: “Eu morei aqui”. 


“ Consultei vários livros de sua autoria e montei um painel, utilizando desenhos e letras que ele fez”, disse Casé.