quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

OSÓRIO DUQUE ESTRADA

Já que estamos falando tanto do HINO NACIONAL...
  . Rua Paissandu, 140 - Flamengo  

Joaquim Osório Duque-EstradaJoaquim Osório Duque-Estrada ( 1870 - 1927)  nasceu em Pati do Alferes,  naquela época ainda pertencente ao município de Vassouras.

Ficou conhecido pela autoria da letra do Hino Nacional Brasileiro. Letra famosa pelas frases em ordem inversa e vocabulário rebuscado.

Era de uma família de militares. Seu pai, tenente-coronel Luís de Azevedo Coutinho Duque-Estrada, figurava entre os amigos do General Osório, de quem Joaquim recebeu o segundo nome. O Marquês do Herval foi seu padrinho. Osório fez seus estudos de humanidades no colégio Pedro II, onde em 1887,  o historiador e professor Sílvio Romero o distinguiu entre os alunos

Osório Duque-Estrada era muito apaixonado, aluno-poeta do Colégio Pedro II, em 1887, ofereceu-nos em seus escritos uma prova de que a República não foi obra de meia dúzia de soldados, e sim desfecho de um longo preparo de opinião. Passou a assinar omitindo o Joaquim.
Joaquim Osório Duque-Estrada assinatura ok.jpg

É de 1902 a Flora de Maio, o melhor dos seus livros, com prefácio de Alberto de Oliveira.

A arte levou o poeta ao convívio e à amizade de Olavo Bilac, Vicente de Carvalho, Raimundo Correia e Alberto de Oliveira. Ele foi, sem dúvida, menor que os companheiros. Mas aproximou-se dos maiores pela naturalidade do seu canto. Poesia, disse ele uma vez, é emoção; e a emoção é sempre fácil nos seus versos:

Hei de esquecer-te... (digo presunçoso
De cumprir tal protesto) – é bem que esqueça
Quem tanto esquece; altivo e caprichoso,
É justo, um dia, que eu também pareça!...

Hei de varrer de dentro do meu peito
Toda a memória deste amor ingrato! 
E à noite vou beijar, quando me deito, 
Tuas cartas, teu lenço e teu retrato.


Osório Duque-Estrada andava sempre ou muito alegre ou muito zangado. Nos seus dias amáveis, era um conversador cheio de espírito, servido por memória invejável.

Ao magistério, quer na Escola Normal ( atual Instituto de Educação), ou no Colégio Pedro II, levou ele sempre a consciência do professor que exige porque ensina. Era temido pelos maus alunos como era temido pelos maus poetas, em suas críticas literárias nos jornais.

No começo de sua vida pública, serviu como Encarregado de Negócios do Brasil no Paraguai. Para ele o patriotismo era principalmente orgulho nacionalista. Começou a colaborar na imprensa, em 1887, escrevendo os primeiros ensaios na cidade do Rio, como um dos auxiliares de José do Patrocínio na campanha da abolição. Entre 1891 e 1924 colaborou em vários jornais cariocas, entre os quais Correio da Manhã e atuou também como crítico literário do Jornal do Brasil.

Joaquim Osório Duque-Estrada






Na foto ao lado, com a esposa Ilidia Regina Freire de Aguiar, 
com quem teve quatro filhos: Magnus Aguiar Duque Estrada; Cyro Aguiar Duque Estrada; Paulo Aguiar Duque Estrada e Amanda Duque Estrada




Sua letra do Hino Nacional Brasileiro foi um poema escrito em 1909,  há 110 anos, em versos decassílabos e que venceu o  concurso, criado por lei de autoria do escritor Coelho Neto, então deputado, para "a melhor composição poética que se adapte, com todo o rigor do ritmo, à música do Hino Nacional Brasileiro", onde as sílabas tônicas, deveriam garantir o casamento perfeito da nova letra com a velha melodia. No entanto essa letra só foi oficializada como letra do Hino Nacional Brasileiro por meio do Decreto nº 15.671, do presidente Epitácio Pessoa, em 6 de setembro de 1922, véspera do Centenário da Independência do Brasil.

Osório Duque Estrada foi nosso vizinho ilustre no Flamengo 
na Rua Paissandu,140.

E nesta residência faleceu.

O Globo em 7 de fevereiro de 1927

Osório Duque Estrada foi  eleito em 1915 para a cadeira número 17 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Sílvio Romero, quando foi apresentado por Coelho Neto.

Curiosidades

Osorio Duque Estrada recebeu Cinco Contos de Réis por ter vencido o concurso, e a Letra do Hino escrita em ouro, e teria dado esta peça a uma namorada em sua adolescência. Sumiu!

Osório teve que lutar por 11 anos para que sua letra fosse oficialmente reconhecida e entre 1909 e 1922, dez trechos do Hino foram alterados pelo próprio Osório Duque Estrada.



2 comentários:

Amanda Duque Estrada disse...

Muito bom conhecer a história de um parente tão ilustre!

Nossos Vizinhos ILustres disse...

Pra todos nós brasileiros! Visite sempre nosso blog e saiba mais sobre "Nossos Vizinhos ILustres".

Abs,
Elizabeth