. Rua Pinheiro Machado, 30 - Laranjeiras
Demonstrando grande habilidade política, Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, a Princesa Isabel, foi regente do Império do Brasil em três ocasiões, enfrentando inúmeros desafios e momentos graves, e se mostrou uma mulher à frente de seu tempo ao defender, por exemplo, a reforma agrária, a educação pública universal e o sufrágio feminino.
A Princesa Isabel era uma mulher bem humorada mas mandona. Embora tenha enfrentado os perigos durante o movimento abolicionista, escondendo escravos fugidos até mesmo dentro do Palácio de São Cristóvão, sempre recusou qualquer movimento para a retomada do regime no Brasil, após o exílio.
" ...lamento tudo quanto possa armar
irmãos contra irmãos...
É assim que tudo se perde
e que nós nos perdemos. "
Princesa Isabel morou no Palácio Guanabara - que foi chamado de Paço Isabel - na Rua Pinheiro Machado, que hoje é sede do governo do Estado do Rio de Janeiro.
O Palácio Guanabara, de estilo originalmente neoclássico - hoje após reformas o estilo passou a eclético - começou a ser construído em 1853, e em 1865 a Princesa Isabel e o Conde D’Eu, recém-casados, mudaram-se para o nobre endereço. Antes de virar Palácio Guanabara, o prédio se chamava Paço Isabel.
Originalmente o palácio fazia parte de um grande sítio que pertencia a Domingos Rozo. Isso no início do século XIX. Após a sua morte, o sítio foi divido em chácaras entre seus herdeiros, e em 1852 uma delas foi vendida a José Machado Coelho, que construiu sua casa no local. Isabel e do Conde d'Eu compraram a casa de José Machado Coelho em 1864.
Uma curiosidade
Até a Proclamação da República, em 1889, o Palácio era propriedade dos Bragança . Com o fim do Império, o local foi decretado bem do Governo Federal em 1891. A família imperial nunca aceitou a incorporação do Palácio Guanabara ao patrimônio da União e recorreram à Justiça para reaver a propriedade, mas perderam. O processo foi reaberto em 1955, e até hoje ele tramita na Justiça, num dos processos mais antigos da história do país
Vê-se que é praxe nesse país, desde lá atrás, tomar a propriedade alheia por decreto.
E, também, a lamentável lentidão da justiça brasileira.
E, também, a lamentável lentidão da justiça brasileira.
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