Eloy José Jorge (1880 - 1963), lusitano da região do Porto, chegou sem tostão ao Brasil do início do século 20, seguindo o caminho de outros milhares de jovens portugueses de seu tempo: o comércio.
Assim, começou a trabalhar com o tio, Joaquim Borges de Meirelles - o outro fundador e sócio de Lebrão - na tradicional Confeitaria Colombo. Por lá trabalhou duro, fez de tudo um pouco. Até dormia na confeitaria, como outros empregados - sem distinção - no andar destinado ao alojamento dos funcionários, economizou, chegou a interessado e, por fim, virou dono do negócio. Dono da Confeitaria Colombo.
Com o afastamento de Manoel Lebrão da sociedade da Colombo, em 1919, se seguiu nova formação administrativa capitaneada por outros dois portugueses: Eloy José Jorge e Antonio Ribeiro França, conhecidos como França e seu Jorge, de estilos diferentes, mas que formaram a soma perfeita de estilo que a confeitaria precisava pra expandir.
Seu Jorge, tornou-se a cabeça empresarial, imprimindo à administração o cuidado nos detalhes, a exigência em todos os segmentos e o temperamento inventivo. Foi o homem dos bastidores, que implementou novidades, lançamentos e inovações.
Assim nasceu em 1916 a Geléia de Mocotó, inicialmente fabricada para consumo apenas dos clientes, em 1919 o Creme de Arroz Colombo e outro produto de fabricação pioneira, o Leque - gaufretes - receita trazida da França por seu Jorge, o marrom glacê. Surgiram o salão de chá do segundo andar, em 1922,antes um depósito, que se tornou ponto elegante, com acesso por elevador, uma novidade à época; na década de 30 a abertura da extensão do armazém no prédio da rua 7 de Setembro, que internamente se interligava em "L" aos salões da Gonçalves Dias; nos anos 1940 o crescimento da fábrica para o complexo da Saúde.
Foi com Eloy Jorge que se deu a caminhada da Confeitaria Colombo atrás dos novos caminhos da Zona Sul e surgiu a Confeitaria Colombo de Copacabana, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 890, inaugurada em 18 de abril de 1944. Hoje no local está uma agência do Banco do Brasil, que leva o nome da confeitaria: agência Colombo.
Homem que percorreu uma ascensão de imigrante pobre a empresário vitorioso, Eloy José Jorge foi nosso vizinho ilustre de Santa Teresa, à rua Aprazível, 189. Sua residência é preservada até hoje pela família.
Com o afastamento de Manoel Lebrão da sociedade da Colombo, em 1919, se seguiu nova formação administrativa capitaneada por outros dois portugueses: Eloy José Jorge e Antonio Ribeiro França, conhecidos como França e seu Jorge, de estilos diferentes, mas que formaram a soma perfeita de estilo que a confeitaria precisava pra expandir.
Seu Jorge, tornou-se a cabeça empresarial, imprimindo à administração o cuidado nos detalhes, a exigência em todos os segmentos e o temperamento inventivo. Foi o homem dos bastidores, que implementou novidades, lançamentos e inovações.
Assim nasceu em 1916 a Geléia de Mocotó, inicialmente fabricada para consumo apenas dos clientes, em 1919 o Creme de Arroz Colombo e outro produto de fabricação pioneira, o Leque - gaufretes - receita trazida da França por seu Jorge, o marrom glacê. Surgiram o salão de chá do segundo andar, em 1922,antes um depósito, que se tornou ponto elegante, com acesso por elevador, uma novidade à época; na década de 30 a abertura da extensão do armazém no prédio da rua 7 de Setembro, que internamente se interligava em "L" aos salões da Gonçalves Dias; nos anos 1940 o crescimento da fábrica para o complexo da Saúde.
Foi com Eloy Jorge que se deu a caminhada da Confeitaria Colombo atrás dos novos caminhos da Zona Sul e surgiu a Confeitaria Colombo de Copacabana, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 890, inaugurada em 18 de abril de 1944. Hoje no local está uma agência do Banco do Brasil, que leva o nome da confeitaria: agência Colombo.
Homem que percorreu uma ascensão de imigrante pobre a empresário vitorioso, Eloy José Jorge foi nosso vizinho ilustre de Santa Teresa, à rua Aprazível, 189. Sua residência é preservada até hoje pela família.
Outro legado arquitetônico que Jorge deixou à cidade, infelizmente ruiu.
O Edifício Colombo na Avenida Treze de Maio, no centro carioca, virou entulho sob o impacto da queda do prédio vizinho, Edifício Liberdade, há 5 anos atrás, onde estava sendo realizada obra cheia de irregularidades.
Eloy mandou erguer esse prédio - uma das joias do estilo art déco no Rio, que Jorge batizou com o nome do negócio querido: Colombo.
O prédio de dez andares no centro do Rio, nos fundos do Theatro Municipal, foi erguido em 1938. O encarregado do projeto foi o arquiteto Paulo Santos, da empresa Pires&Santos e Cia. Segundo o Guia da Arquitetura Art Déco no Rio de Janeiro, editado pela prefeitura em 2000, o prédio combinava resquícios "de típica decoração art déco (frisos, escotilhas)" com "características modernas, como (...) predominância de vazios sobre cheios (...) restritos aos pilares estruturais e vigas (...)".
Eloy José Jorge morreu aos 83 anos,em 1963, em sua casa, quando, ainda na ativa, preparava-se para ir para o trabalho.
Curiosidade
A filial de Copacabana foi um sonho acalentado por Eloy Jorge.
Certa vez ao passar pelo bairro viu duas casas velhas em uma esquina do bairro e, para espanto dos que o acompanhavam, decidiu, com sua objetividade, que iria comprá-las, derrubá-las e construir ali um edifício, cuja loja seria a Confeitaria Colombo de Copacabana. Com viagem marcada, deixou orientação para a concretização do negócio. Ao voltar, nada tinha sido feito. Não tinham acreditado na sua audaciosa proposição.
Rapidamente, então retomou o negócio, concretizou a compra, demoliu as casas e deu inicio à nova Colombo.
O Edifício Colombo na Avenida Treze de Maio, no centro carioca, virou entulho sob o impacto da queda do prédio vizinho, Edifício Liberdade, há 5 anos atrás, onde estava sendo realizada obra cheia de irregularidades.
Eloy mandou erguer esse prédio - uma das joias do estilo art déco no Rio, que Jorge batizou com o nome do negócio querido: Colombo.
O prédio de dez andares no centro do Rio, nos fundos do Theatro Municipal, foi erguido em 1938. O encarregado do projeto foi o arquiteto Paulo Santos, da empresa Pires&Santos e Cia. Segundo o Guia da Arquitetura Art Déco no Rio de Janeiro, editado pela prefeitura em 2000, o prédio combinava resquícios "de típica decoração art déco (frisos, escotilhas)" com "características modernas, como (...) predominância de vazios sobre cheios (...) restritos aos pilares estruturais e vigas (...)".
Eloy José Jorge morreu aos 83 anos,em 1963, em sua casa, quando, ainda na ativa, preparava-se para ir para o trabalho.
Curiosidade
A filial de Copacabana foi um sonho acalentado por Eloy Jorge.
Certa vez ao passar pelo bairro viu duas casas velhas em uma esquina do bairro e, para espanto dos que o acompanhavam, decidiu, com sua objetividade, que iria comprá-las, derrubá-las e construir ali um edifício, cuja loja seria a Confeitaria Colombo de Copacabana. Com viagem marcada, deixou orientação para a concretização do negócio. Ao voltar, nada tinha sido feito. Não tinham acreditado na sua audaciosa proposição.
Rapidamente, então retomou o negócio, concretizou a compra, demoliu as casas e deu inicio à nova Colombo.
2 comentários:
Parabéns uma vez mais, Beth e Gilda. Que interessante a história de Eloy Jorge ligada à da Confeitaria Colombo! Quantas boas lembranças da belíssima filial de Copacabana, que semanalmente frequentava com meus pais, ainda criança. Saudades...
Que grande espírito empreendedor o de Eloy Jorge e como é interessante a leitura de "Nossos Vizinhos Ilustres"...
Obrigada, Ana.
Estamos percorrendo o Rio - e convidando a todos para esse passeio - em endereços cujos moradores têm muitas histórias interessantes e desconhecidas, que estamos gostando de resgatar e compartilhar.
Continue passeando conosco!
Bjs,
Beth
Postar um comentário