. Rua do Roso, 79 (atual Rua Coelho Neto) - Laranjeiras
Embora circulem outras versões para o nascimento da expressão, há registros de que ela foi criada mesmo pelo escritor no artigo “Os sertanejos”, publicado no jornal A Notícia, de 29 de outubro de 1908, que depois a inseriu, em 1928, no seu livro chamado Cidade Maravilhosa,com uma série de crônicas sobre o Rio de Janeiro.
Coelho Neto iniciou sua carreira no jornal Gazeta da Tarde e prosseguiu-a no diário Cidade do Rio, de propriedade de José do Patrocínio - dedicado à pauta antiescravagista - e depois no Diário de Notícias, de Rui Barbosa. Formou com mais alguns amigos o grupo da "boemia literária" do Rio de Janeiro, do qual faziam parte Olavo Bilac, Luís Murat, Guimarães Passos e Paula Ney. A história dessa geração apareceria depois em seus romances A Conquista e Fogo Fátuo.
De sua extensa obra literária -composta por mais de cem livros e aproximadamente 650
contos - destacamos um soneto que se tornaria famoso "Ser Mãe".
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra
o coração! Ser mãe é ter no alheio
lábio que suga, o pedestal do seio,
onde a vida, onde o amor, cantando, vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
sobre um berço dormindo! É ser anseio,
é ser temeridade, é ser receio,
é ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
Coelho Neto, nosso vizinho ilustre, morou no início do seu casamento, com a mulher Maria Gabriela em uma pequena casa na Rua Silveira Martins, no bairro do Catete.
Depois, o casal mudou-se para Campinas e no seu retorno ao Rio, três anos depois, viveu no
Hotel Metrópole, que ficava na Rua das Laranjeiras nº 519 , em Laranjeiras, que hoje não mais existe.
Como a vida em hotel cansa , em 1905 Coelho Neto alugou uma casa na Rua do Roso, 79 (atual Rua Coelho Neto) esquina com Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na qual viveu até morrer.
Como a vida em hotel cansa , em 1905 Coelho Neto alugou uma casa na Rua do Roso, 79 (atual Rua Coelho Neto) esquina com Pinheiro Machado, em Laranjeiras, na qual viveu até morrer.
Sua herma, obra do escultor português Pinto do Couto, ficava na praça Areal,
no bairro de Coelho Neto. A estátua foi furtada na década de 80, tendo sido substituída apenas em 2011 por outra de autoria do escultor Joás Pereira dos Passos. Ela permanece no mesmo local, que desde 1949 recebe o nome de Praça Professora Virginia Cidade.
Curiosidade
Coelho Neto cultivou praticamente todos os gêneros literários e foi, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil, principalmente nas primeiras décadas do século XX, tendo provavelmente a sua maior consagração ao ser nomeado, em votação aberta ao público promovida pela revista O Malho, o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", em 1928.
Coelho Neto cultivou praticamente todos os gêneros literários e foi, por muitos anos, o escritor mais lido do Brasil, principalmente nas primeiras décadas do século XX, tendo provavelmente a sua maior consagração ao ser nomeado, em votação aberta ao público promovida pela revista O Malho, o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros", em 1928.
3 comentários:
Elizabeth,
Vc poderia ser uma excelente agente do FBI. Foi descobrir que a Rua Coelho Ne
to anteriormente se chamava Rua do Roso. A propósito, lembro-me que em sua obra "Mano, Livro de Saudades ( 1924) ", apelido de seu filho, ele, com amargura,contou que enquanto velava o corpo do Mano, o Fluminense estava em festas. Destaque-se que Emanuel Coelho Neto, o Mano, foi jogador do tricolor das laranjeiras. Na biografia do Mano,no Google, consta que a casa de Coelho Neto ficava em frente ao Fluminense. Errado. Se não me falha a memória, a casa ficava mais próxima da Rua Ipiranga, do que da Pinheiro Machado.
Aristóteles Corrêa
Como administrador de um blog sobre o bairro de Coelho Neto, gostaria apenas de fazer algumas retificações em seu ótimo texto.
Realmente o busto do escritor, feito por Rodolfo Pinto do Couto, ficava no então Largo do Areal, tendo sido inaugurado em 1935, data em que o nome da estação ferroviária do bairro foi trocada de Areal para Coelho Neto. Entretanto, a estátua foi furtada na década de 80, tendo sido substituída apenas em 2011 por outra de autoria do escultor Joás Pereira dos Passos. Ela permanece no mesmo local, que desde 1949 recebe o nome de Praça Professora Virginia Cidade.
Obrigada pela informação, que irá atualizar o texto.
Elizabeth Dias
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