. Rua Dídimo, 29 - Centro
ÔBA!
Esse foi o grito que contagiou a cidade...
...e fez conhecido o talento do compositor carioca Oswaldo Nunes (1930-1991). Órfão de pai e mãe, foi criado por instituições de amparo ao menor, aos 13 anos fugiu, e passou algum tempo vivendo na marginalidade no bairro boêmio da Lapa. Depois foi vendedor de balas, engraxate, camelô e artista de rua. Até que começou a frequentar rodas de samba e blocos de carnaval e sentiu que tinha inspiração para compor músicas e talento para cantar. Aos 20 anos compôs seu primeiro samba e teve composições suas gravadas por alguns artistas de sucesso, como Leny Everson.
Mas foi em 1962 que compôs para o Bloco Carnavalesco Bafo da Onça aquele que seria seu maior sucesso, o samba Ôba, e que se tornou o hino oficial do bloco e um dos maiores hits do carnaval de todos os tempos.
Daí em diante se tornou sinônimo de Bafo de Onça...
... e, popular com outras músicas de grande sucesso e sua forma de interpretar peculiaríssima, cheia de alegria e irreverência.
Destaque para
Oswaldo Nunes morou em vários locais no Centro do Rio. Em especial na lendária Villa Ruy Barbosa, na Rua Dídimo, 29, no Centro do Rio e sua última residência foi um quitinete na Avenida Gomes Freire, 740, apartamento 412, no Rio de Janeiro, onde morreu assassinado.
A Villa Ruy Barbosa ocupava todo o quarteirão formado pelas ruas Henrique Valadares, Inválidos, Senado e Ubaldino do Amaral.
Existiam casas que estavam voltadas para estas ruas e 3 acessos à parte interna da vila. Um deles, o que interligava a R. Henrique Valadares à R. do Senado, chamava-se Rua Dídimo, o à Rua dos Inválidos que se encontrava com a Rua Didimo, formando um T, e outro que cortava as 3 travessas internas que se chamavam Chiquita, Bem te Vi e Adélia. Nestas travessas haviam 8 ou 10 casas térreas de cada lado, e acima destas casas ficavam os quartos individuais para solteiros.
Além de casas para moradia, a Villa Ruy Barbosa possuía: uma lavanderia, um forno de incineração de lixo, dois armazéns de secos e molhados, um açougue, uma farmácia, uma carvoaria, um restaurante, uma sapataria. E tudo isso dentro de uma área arborizada, calçada e iluminada .
A melhor época na Villa, para os que lá viveram, era a das festas juninas, onde balões enormes eram soltos fazendo um cenário lindo com as ruas estreitas da Villa. As travessas eram enfeitadas com bandeirinhas e fogueiras eram acesas e, conta-se que Oswaldo Nunes era o assador oficial de batata-doce nas fogueiras.
Esta Villa começou a ser demolida no início dos anos 70, para construção de prédios residenciais, como os 3 prédios que hoje existem na Rua Ubaldino do Amaral.
Uma curiosidade:
Onze anos depois de sua morte, a Justiça deu a sentença do espólio do cantor. Em testamento, o sambista deixou um apartamento e todos os seus direitos autorais para o Retiro dos Artistas, no Rio.
Belo gesto!
Existiam casas que estavam voltadas para estas ruas e 3 acessos à parte interna da vila. Um deles, o que interligava a R. Henrique Valadares à R. do Senado, chamava-se Rua Dídimo, o à Rua dos Inválidos que se encontrava com a Rua Didimo, formando um T, e outro que cortava as 3 travessas internas que se chamavam Chiquita, Bem te Vi e Adélia. Nestas travessas haviam 8 ou 10 casas térreas de cada lado, e acima destas casas ficavam os quartos individuais para solteiros.
Além de casas para moradia, a Villa Ruy Barbosa possuía: uma lavanderia, um forno de incineração de lixo, dois armazéns de secos e molhados, um açougue, uma farmácia, uma carvoaria, um restaurante, uma sapataria. E tudo isso dentro de uma área arborizada, calçada e iluminada .
A melhor época na Villa, para os que lá viveram, era a das festas juninas, onde balões enormes eram soltos fazendo um cenário lindo com as ruas estreitas da Villa. As travessas eram enfeitadas com bandeirinhas e fogueiras eram acesas e, conta-se que Oswaldo Nunes era o assador oficial de batata-doce nas fogueiras.
Esta Villa começou a ser demolida no início dos anos 70, para construção de prédios residenciais, como os 3 prédios que hoje existem na Rua Ubaldino do Amaral.
Uma curiosidade:
Onze anos depois de sua morte, a Justiça deu a sentença do espólio do cantor. Em testamento, o sambista deixou um apartamento e todos os seus direitos autorais para o Retiro dos Artistas, no Rio.
Belo gesto!
Um comentário:
Grande artista ,cantor e compositor ,muitas vezes incompreendido e injustiçado ,mas com certeza um dia mais talentosos cantores que já vi !!!
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