domingo, 29 de janeiro de 2017

RUBEM BRAGA


 . Rua Barão da Torre, 42 - Ipanema   

Considerado como um dos melhores cronistas brasileiros, Rubem Braga (1913-1990) lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho, em 1936.
Foi  correspondente de guerra junto à FEB (Força Expedicionária Brasileira), correspondente internacional de O Globo em Paris, em 1947, e do Correio da Manhã em 1950; embaixador do Brasil no Marrocos entre 1961 e 1963,  e escreveu ao longo de 62 anos de jornalismo, mais de 15 mil crônicas em diversos jornais brasileiros.

O cronista ficou famoso pelo seu temperamento introspectivo e por gostar da solidão. Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga foi a
       "crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo,
provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens,
pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza."

Suas crônicas eram marcadas pela linguagem coloquial e pelas temáticas simples.  Mostrava seu estilo irônico, lírico e extremamente bem humorado. Mas sabia também ser ácido e escrevia textos duros defendendo os seus pontos de vista.

Falou em muitas de suas crônicas dos temas verão, mar, praia, e seus personagens como amigos, a viúva na praia, as meninas, as mulheres.

Natural de Cachoeiro do Itapemirim, no Rio de Janeiro, morou e foi nosso vizinho ilustre
  •  primeiro, numa pensão do Catete, onde foi companheiro de Graciliano Ramos;
  • depois, numa casa no Posto Seis, em Copacabana, na Rua Júlio de Castilho,78 , onde o telefone antigo era 27-2053.
  • e por fim no famoso apartamento de cobertura na Rua Barão da Torre, 42 ,em Ipanema, onde mantinha um jardim com pitangueiras, passarinhos, e tanque de peixes. 


Curiosidades:
  • Certa vez disse

    “Às vezes a gente parece que finge que trabalha; o leitor lê a crônica e no fim chega à conclusão de que não temos assunto. Erro dele. Quando não tenho nenhum frete a fazer, sempre carrego alguma coisa, que é o peso de minha alma, e olhem lá que não é pouco.”
Aliás, Manuel Bandeira dizia que o amigo Braga quando tinha assunto era magnífico, mas quando não tinha, era melhor ainda.
  • O acesso da estação de metrô de Ipanema na esquina das ruas Teixeira de Mello e Barão da Torre foi batizado com o nome do escritor, pois a passagem está próxima à famosa cobertura.




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