. Rua Barão da Torre, 42 - Ipanema
Considerado como um dos melhores cronistas brasileiros, Rubem Braga (1913-1990) lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho, em 1936.
Foi correspondente de guerra junto à FEB (Força Expedicionária Brasileira), correspondente internacional de O Globo em Paris, em 1947, e do Correio da Manhã em 1950; embaixador do Brasil no Marrocos entre 1961 e 1963, e escreveu ao longo de 62 anos de jornalismo, mais de 15 mil crônicas em diversos jornais brasileiros.
O cronista ficou famoso pelo seu temperamento introspectivo e por gostar da solidão. Segundo o crítico Afrânio Coutinho, a marca registrada dos textos de Rubem Braga foi a
"crônica poética, na qual alia um estilo próprio a um intenso lirismo,
provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens,
pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza."
provocado pelos acontecimentos cotidianos, pelas paisagens,
pelos estados de alma, pelas pessoas, pela natureza."
Suas crônicas eram marcadas pela linguagem coloquial e pelas temáticas simples. Mostrava seu estilo irônico, lírico e extremamente bem humorado. Mas sabia também ser ácido e escrevia textos duros defendendo os seus pontos de vista.
Falou em muitas de suas crônicas dos temas verão, mar, praia, e seus personagens como amigos, a viúva na praia, as meninas, as mulheres.
Natural de Cachoeiro do Itapemirim, no Rio de Janeiro, morou e foi nosso vizinho ilustre
- primeiro, numa pensão do Catete, onde foi companheiro de Graciliano Ramos;
- depois, numa casa no Posto Seis, em Copacabana, na Rua Júlio de Castilho,78 , onde o telefone antigo era 27-2053.
- e por fim no famoso apartamento de cobertura na Rua Barão da Torre, 42 ,em Ipanema, onde mantinha um jardim com pitangueiras, passarinhos, e tanque de peixes.
Curiosidades:
- Certa vez disse
“Às vezes a gente parece que finge que trabalha; o leitor lê a crônica e no fim chega à conclusão de que não temos assunto. Erro dele. Quando não tenho nenhum frete a fazer, sempre carrego alguma coisa, que é o peso de minha alma, e olhem lá que não é pouco.”
Aliás, Manuel Bandeira dizia que o amigo Braga quando tinha assunto era magnífico, mas quando não tinha, era melhor ainda.
- O acesso da estação de metrô de Ipanema na esquina das ruas Teixeira de Mello e Barão da Torre foi batizado com o nome do escritor, pois a passagem está próxima à famosa cobertura.
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