terça-feira, 4 de outubro de 2016

SILAS DE OLIVEIRA

 . Rua Domingos Lopes, 298  

O Rio está festejando
os 100 anos de nascimento
desse grande compositor.

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Carioca de Madureira, Silas de Oliveira Assumpçãnasceu em 4 de outubro de 1916. 
Desde menino, frequentou rodas de samba, apesar da resistência do pai, que era pastor protestante e  dono do Colégio Assumpção.

"Filho de Seu Assumpção não frequenta escola de samba"
  dizia o pai José Mário de Assumpção. 

Essa advertência não intimidou o rapaz desengonçado, de 1,90 m e magro, que frequentou os tradicionais pagodes nas casas das tias baianas, do Morro da Serrinha e não tardou para que Silas passasse a ser considerado como gente da casa. Inclusive em companhia de Elaine dos Santos (foto)  -  sua aluna nas aulas de Português, que ministrava no colégio de seu pai - com quem se casou e teve seis filhos: Marlene, Vera Lúcia, Elenice, Elaine, Silas Filho e José Mário.
     Silas e Mano Décio 

Inspiração, talento,sensibilidade, musicalidade o tornou o maior compositor de sambas-enredo de todos os tempos, sambas nascidos inicialmente da parceria e amizade com Mano Décio da Viola desde os tempos da escola Prazer da Serrinha, do Morro da Serrinha; da Rua da Balaiada,  no coração da Serrinha — ladeira onde moraram as famílias tradicionais da localidade , local da origem do jongo e da fundação da Escola de Samba Império Serrano —  que ainda hoje é um núcleo que mantém vivas importantes manifestações da cultura afro-brasileira e ponto de referência para toda a comunidade e seus arredores.

Silas dedicou 28 anos de sua vida ao Império Serrano e nesse período fez 16 sambas-enredo para a escola, dos quais 14 foram apresentados em desfiles oficiais. Quando o samba-enredo foi modificando seu ritmo , acelerando como marcha, nos anos 70, Silas deles se afastou. Mas nos deixou muitos sambas, clássicos do gênero, como
Aquarela Brasileira’
Os Cinco Bailes da História do Rio’ – em parceria com Dona Ivone Lara e Bacalhau
Glórias e Graças da Bahia’ – com Joacir Santana
Pernambuco, Leão do Norte’,
Heróis da Liberdade’



Silas de Oliveira sempre foi um vizinho ilustre de Madureira.
Outros endereços   
  • Rua Guaxima, em Vaz Lobo
  • Rua Maroimatual Rua Compositor Silas de Oliveira em Magno, um bairro que Madureira acabou incorporando
A paixão pelo samba regeu sua vida. Mas foi ela, também, que o fez desobedecer ordens médicas durante um difícil tratamento de angina. No dia 20 de maio de 1972, Silas de Oliveira foi a uma roda de samba, em Botafogo, Zona Sul, para arranjar dinheiro para matricular uma de suas filhas no vestibular. No momento em que cantava ‘Os Cinco Bailes da História do Rio’, sofreu um infarto fulminante. Morreu no terreiro, onde passou a maior parte de sua vida.

Hoje um caderno de rascunho do sambista, com recortes e fotos, encontra-se guardado com uma de suas filhas, Elenice Reis. Um rico material a se preservar para contar melhor a história do grande Silas de Oliveira.


Seu nome, hoje, também batiza o viaduto que faz a ligação entre os dois lados da linha do trem de Madureira, no qual transita o BRT:  Viaduto Silas de Oliveira.

UMA CURIOSIDADE:
Como sempre fazia ao compor, contava Dona Elaine, ele pegava um livro de História do Brasil,  uma caixa de fósforos e um lápis.






4 comentários:

Sheila Romcy disse...

Nobre amiga Elizabeth!
Grata pela lembrança em me prestigiar com mais esta publicação. Sucesso e muitas vitórias em mais esta iniciativa. Parabéns!
Sheila Romcy

Anônimo disse...

Muito bom, Elizabeth!!
Sucesso sempre!!!


Abraços
Paulo Sallorenzo
psallorenzo@gmail.com

Anônimo disse...

PARABÉNS!!!!

Sônia Barboza

Gisele Claudya disse...

Parabéns pelo novo espaço, querida. Adorei.
Beijinhossssssssss.