quarta-feira, 15 de agosto de 2018

DUQUE DE CAXIAS



  . Rua Frei Caneca, 4 - Centro   

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Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias (1803 - 1880), nasceu na fazenda de São Paulo, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal. Hoje, é o local do Parque Histórico Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, estado do Rio de Janeiro.

Pouco se sabe da infância de Caxias. Nasceu na Rua das Violas, atual rua Teófilo Otoni, rua onde existiam fabricantes de violas e violões e onde se reuniam trovadores e compositores, e que foi o cenário principal da infância de Caxias. Estudou no Convento São Joaquim, onde hoje se localiza o Colégio D.Pedro II. Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar e em outubro de 1822, no Campo de Santana, coube a ele, já tenente , receber das mãos do Imperador D. Pedro I a bandeira do Império recém-criada, na Capela Imperial, em 10 de novembro de 1822.

Sua bravura e competência como comandante e líder na Campanha da Cisplatina, o combate ao movimento da Balaiada o fazem merecedor de condecorações e título nobiliárquico sob o título de Caxias, que "significava disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória".

Sempre marcou sua presença pela simplicidade, humanidade e altruísmo com que conduzia suas ações. Seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito à vida humana, conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários.

"Abracemo-nos para marcharmos, 
não peito a peito, 
mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, 
que é a nossa mãe comum".


O tino militar de Caxias atinge seu ápice nas batalhas da Campanha contra o Paraguai, cuja liderança atinge a plenitude no seu esforço para concitar seus homens à luta na travessia da ponte sobre o arroio Itororó , onde diz a célebre frase "Sigam-me os que forem brasileiros".

Prestou ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político, administrador público de contingência e, inigualados, como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do Brasil Império. 

Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro.

Foi casado com dona Anna Luiza Carneiro Viana de Lima, teve duas filhas Luiza e Anna. Em 1874, aos 71  anos, fez um testamento breve, em que dizia


" ... Recomendo a estes que quero que meu enterro seja feito, sem pompa alguma... Não desejo mesmo, que se façam convites para o meu enterro, porque os meus amigos que me quizerem fazer este favor, não precisam dessa formalidade e muito menos consintam os meus filhos que eu seja embalsamado.
... dispenso as honras fúnebres que me pertencem como Marechal do Exército...
...Declaro que deixo ao meu criado, Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do meu uso.
...Deixo ao meu amigo e companheiro de trabalho, João de Souza da Fonseca Costa, como sinal de lembrança, todas as minhas armas, inclusive a espada com que comandei, seis vezes, em campanha, e o cavalo de minha montaria, arreado com os arreios melhores que tiver na ocasião da minha morte.
...Deixo à minha irmã, a Baroneza de Suruhi, as minhas condecorações ...e a meu irmão, ...meu candieiro de prata, que herdei do meu pai.
...Deixo meu relógio de ouro com a competente corrente ao Capitão Salustiano de Barros Albuquerque, também como lembrança pela lealdade ...
...Deixo à minha afilhada Anna Eulália de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sair da minha terça, tudo o mais que possuo será repartido com as minhas duas filhas Anna e Luiza, acima declaradas...."
Duque de Caxias  foi nosso vizinho ilustre no Centro e na Tijuca.
. no Centro, à rua Rua Frei Caneca, 4, na esquina com a Praça da República, prédio que mandou construir, com janelas em forma de sacadas, do piso ao teto, o que era comum naquela época.
O segundo andar foi transformado em um clube de dança em 1930, por um empresário português chamado Júlio Simões, com o nome de Elite Club. Posteriormente o proprietário veio a mudar o nome e se transformou na famosa Gafieira Elite.

. na Tijuca, em um palacete na Conde de Bonfim, 186entre as ruas Conselheiro Zenha e Visconde de Figueiredo, por quase meio século. Ele foi demolido e em seu local foi construída a MESBLA - Tijuca, depois de ali funcionar por muitos anos o Colégio La Fayette (feminino). Atualmente  existe um supermercado Extra.



No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército e do país

No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras vontades expressas. Foi enterrado no cemitério do Catumbi.

Em 1949, os restos mortais de Duque de Caxias e sua esposa, após os corpos terem sido exumados no Cemitério do Catumbi, foram levados para a Igreja de Santa Cruz dos Militares onde foi realizada uma missa. Dois dias depois, em comemoração ao Centenário do Nascimento de Duque de Caxias, em 25 de agosto, os restos mortais foram levados para o Pantheon onde ficaram em descanso eterno. O Pantheon foi construído para essa comemoração.

A edição n. 37 da REVISTA DA SEMANA, de 10 de setembro de 1949 mostrou o cortejo com os restos mortais de Caxias e esposa até o Pantheon.









Um comentário:

Unknown disse...

Só uma ressalva. O Instituto la fayett também estudava meninos pois eu estudei lá quando criança no jardim. Tenho fotos