terça-feira, 26 de junho de 2018

SELEÇÃO CAMPEÃ DE VIZINHOS ILUSTRES





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quinta-feira, 14 de junho de 2018

MARECHAL MENDES DE MORAES


  . Rua Senador Pedro Velho, 12 - Cosme Velho  


Resultado de imagem para angelo Mendes de MoraesComo prefeito do Distrito Federal Ângelo Mendes de Morais (1894 -1990) foi responsável pela construção e inauguração do Estádio Mario Filho para sediar o Campeonato Mundial de Futebol, realizado pela primeira vez no Brasil, em 1950, e que hoje é um dos ícones de nossa cidade. Neste templo do futebol, admirado internacionalmente, a seleção canarinho conheceu a glória em jogos memoráveis e a grande derrota da Copa de 50.

General-de-divisão do Exército Brasileiro, Mendes de Morais foi nomeado em junho de 1947 prefeito do Distrito Federal pelo então presidente da República Eurico Gaspar Dutra. Deixou a prefeitura em março de 1951, já no governo de Getúlio Vargas, reintegrando-se às funções militares como general-de-exército.


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Na inauguração do Maracanã, Mendes de Moraes à direita da foto,
 ao lado do cardeal do Rio D. Jaime de Barros Câmara e o presidente Dutra


Nas eleições de outubro de 1958, Mendes de Morais foi eleito deputado federal pelo Distrito Federal e, em dezembro seguinte, deixou a chefia do Departamento de Produção e Obras do Exército para assumir uma cadeira na Câmara dos Deputados. Com a transferência da capital federal para Brasília, em abril de 1960, e a criação do estado da Guanabara, passou a representar esse estado na Câmara.

Em sua carreira militar foi também adido militar do Brasil no Peru, na França e na Itália, passando para a reserva no posto de marechal. Foi ainda delegado à Conferência de Paz de Paris, membro fundador do Parlamento Latino-Americano e membro da Comissão Parlamentar de Genebra, na Suíça, tendo desempenhado várias missões nos EUA, Chile e Alemanha.

Mendes de Morais foi nosso vizinho ilustre no Cosme Velho, na Rua Senador Pedro Velho, 12  em um casarão de seis andares, com 585 m2 de área construída, tombado pelo patrimônio histórico, onde funciona atualmente é a residência do arquiteto Thoni Litsz, responsável pelas obras de restauração do imóvel.


aspecto da casa nos anos 1970

aspecto atual, após a restauração

Erguido no século passado, o solar guarda muitas histórias. Foi construído pelo médico Celito Lemos em 1912 e vendido posteriormente ao também médico João França. Vendido mais uma vez, em 1931, a Mendes de Morais, nosso vizinho ilustre morou no Solar até sua morte, em 1990, tendo sido responsável pela introdução de destaques da decoração do imóvel como os vitrais executados pela casa Vitrea.












sexta-feira, 1 de junho de 2018

MARIO FILHO


 . Avenida Princesa Isabel, 38 - Leme   

Grande jornalista esportivo, nasceu em Recife em 3 de junho de 1908. Responsável pelo primeiro jornal dedicado inteiramente ao futebol, O Mundo Esportivo, irmão do também escritor Nelson Rodrigues, revolucionou o modo como a imprensa mostrava os jogadores e descrevia as partidas, adotando uma abordagem mais direta e livre de complicações, inspirado no linguajar dos torcedores.

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Mario, um rubro-negro tímido, e Nelson, um tricolor apaixonado, imortalizaram o clássico entre Flamengo e Fluminense. O primeiro o fomentou como ninguém; o segundo foi quem melhor o descreveu. 
O Fla-Flu teria outra dimensão sem eles. Aliás, a expressão Fla-Flu muitos julgam ter sido criada pelo próprio Mário.

No início dos anos 1930 passou a trabalhar no jornal O Globo, ao lado de Roberto Marinho, seu companheiro em partidas de sinuca. Em 1936 comprou de Roberto Marinho o Jornal dos Sports  e lá, Mário criou os Jogos da Primavera em 1947, os Jogos Infantis em 1951, o Torneio de Pelada no Aterro do Flamengo e o Torneio Rio-São Paulo, que cresceu e se tornou o atual Campeonato Brasileiro.
No final dos anos 40, Mário conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o novo estádio seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 mil espectadores. Após sua morte e estádio levou seu nome.



manchete do Jornal dos Sports da inauguração do Maracanã

Ele foi vanguardista. Acima de tudo, percebeu que havia duas personagens que realmente interessavam no esporte: o jogador e o torcedor. 

Mario Filho foi nosso vizinho ilustre no bairro do Leme, à avenida Princesa Isabel, n° 38cuja Lista de Assinantes do Rio de Janeiro e do Distrito Federal de 1949 indica o telefone 37-1065.


Uma curiosidade

Era dia de Flamengo x Botafogo em 1959.
Entre os vivos, raros eram aqueles que conheciam a preferência rubro-negra na alma de Mario Filho. Ele decidiu levar seu neto para assistir ao jogo no Maracanã. Até aí, nada de anormal. Como responsável pelo "Jornal dos Sports", cabia a ele acompanhar o futebol de perto.

O estranho aconteceu quando saiu um gol do Flamengo. O pequeno Mario Neto, sentado junto ao avô, olhou para a cadeira ao lado e, por um segundo, não viu ninguém ali. O jornalista estava no chão, onde caiu após comemorar o gol do Flamengo. Quando se acomodou, diante da cara de espanto do menino, Mario Filho alertou: "Meu neto, não pense besteira, não. É que vamos vender mais jornais."

Balela. Na verdade, ele não queria que o garoto soubesse de seu carinho pelo Flamengo. E seguiu desconfiado de que o neto fosse abrir o bico mais cedo ou mais tarde. Daí concluiu: era melhor comprá-lo. No dia seguinte, ao abrir os olhos, o menino levou um susto: tinha uma bicicleta no seu quarto e um papel pequenininho colado, escrito: "Fiz minha parte." A bicicleta era a parte dele. A  parte do neto seria não contar para ninguém.