sábado, 27 de maio de 2017

ORLANDO SILVA


 . Rua Breno Guimarães, 455 - lha do Governador  

Segundo o jornalista João Máximo, na história de Orlando Silva (1915- 1978) “há lugar para glória e drama”.

Conhecido como o Frank Sinatra brasileiro, Orlando Silva cantou desde menino e tornou-se o primeiro ídolo de massa da música e do rádio brasileiros. Teve uma infância pobre como quase todo menino suburbano de sua época. Aos três anos perdeu o pai e, aos 17, o padrasto. Abandonou o colégio ainda no curso primário e começou a ganhar a vida como trocador de ônibus.

Decidido a se afirmar como cantor, fez várias tentativas para conseguir um emprego no rádio, até ser apresentado pelo compositor Bororó a Francisco Alves, o mais influente cantor de sua geração, e que o ajudou a ingressar na Rádio Nacional, de cujo programa inaugural Orlando participou, em 1936.

Começava, então, a fase áurea de sua carreira.

Seu estilo e sua voz impressionavam pela perfeição com que passeava por entre agudos e graves. Mesmo sem ter estudado canto, Orlando é ainda hoje considerado insuperável na técnica de respiração e no fraseado.

Seu primeiro grande sucesso foi “Lábios que beijei”,
valsa-canção de J. Cascata e Leonel Azevedo,
gravada em 1939.
A partir deste disco, conquistou o público e recebeu 
do locutor Oduvaldo Cozzi o epíteto que o consagraria:
“o cantor das multidões”



A popularidade e o dinheiro abriram-lhe as portas e ele passou a conviver com todos os famosos daquela época do rádio, conquistando, especialmente, o público feminino. O sucesso e a fama, entretanto, duraram pouco tempo. Pouco mais de sete anos, de 1935 a 1943. No restante da década, ele gravou muito pouco.

Seus maiores sucessos foram “Última canção”, “Nada além”, “Naná”, “Dá-me tuas mãos”, “História de amor”, além das composições de Pixinguinha, “Carinhoso” e ”Rosa”.



Seu envolvimento com as drogas acabou levando-o a um estado de total degradação. Data desta época o início de seu romance com a radio atriz Zezé Fonseca, com a qual viveu um caso turbulento e com muitas brigas públicas. Entretanto, até o final de sua vida, Orlando Silva manteve seu casamento com sua mulher Lourdinha.

Segundo alguns críticos musicais, os discos gravados neste período são os melhores de sua carreira. Todas as canções, sambas, valsas, foxtrotes e marchas carnavalescas, transpiram tristeza. São letras pessimistas, sobre amores frustrados, as quais, na interpretação de Orlando, tornam-se ainda mais sentidas. É nesta época que ele passa a ser conhecido como “o cantor com uma lágrima na voz”. Quando Orlando gravou a valsa “Caprichos do destino”, de Claudinor Cruz, correu o boato de que ele havia tentado o suicídio.

A partir de 1959, o cantor começou a perder a voz, cujo timbre rouco era o resultado do abuso do álcool e das drogas. Naquele momento o cantor das multidões deixou de existir.

Orlando Silva O Cantor das Multidões”, foi nosso vizinho ilustre da Ilha do Governador, na Rua Breno Guimarães, 455, no bairro do Jardim Guanabara, e, no Engenho de Dentro, onde nasceu e morou por muitos anos na atual Rua General Clarindo 45, antiga Rua Augusta 35.

A casa da Ilha

A casa de Engenho de Dentro 

A casa onde Orlando Silva nasceu e morou existe até hoje,
embora descaracterizada.


Orlando Silva durante alguns anos também morou na Rua Rodolfo Dantas, esquina com Avenida Atlântica, em Copacabana.


A imagem pode conter: 1 pessoa
Orlando Silva na janela do seu apartamento
em Copacabana.

Orlando morreu no Rio, aos 62 anos, fazendo palavras cruzadas, outro de seus vícios, quando teve um AVC em sua casa na Ilha do Governador. Já não cantava mais.

Hoje há uma confraria de admiradores de Orlando Silva, que reúne músicos como Martinho da Vila e João Gilberto, o falecido jornalista Villas-Bôas Corrêa e o senador José Serra, que é conhecido por saber cantar a maioria das canções gravadas pelo cantor.


Um recorte de jornal nos revela uma saborosa curiosidade...




sábado, 20 de maio de 2017

MÁRIO REIS



 . Av. Atlântica, 1702  - Copacabana  


Mário da Silveira Meireles Reis ou simplesmente Mario Reis (1907-1981)  foi uma voz diferenciada da Música Popular Brasileira.
Inaugurou um estilo de cantar diferente do que havia no Brasil até então. Ao contrário dos vozeirões do rádio, cantava de maneira coloquial, com outro timbre e uma divisão rítmica mais ágil, dando uma interpretação diferente às canções, que antecipou a revolução   João Gilberto/bossa-nova.

Nas palavras do crítico Tárik de Souza, foi "o mais carioca dos cantores".

De família abastada, conhecida na sociedade carioca era sobrinho de Guilherme da Silveira, o Silveirinha, dono da Fábrica Bangu, de tecidos.

Na década de 30 firmou-se como um dos maiores intérpretes de Noel Rosa.




No entanto, mesmo consagrado como um dos maiores cantores da era do rádio, afastou-se do meio artístico nos anos 40, voltando a gravar esporadicamente.
“Não fiquem pensando que há um mistério na minha retirada. Aconteceu que eu sempre quis levar uma vida simples e, se continuasse cantando, eu a perderia. Não gosto de ser entrevistado, de ser fotografado nem de exibicionismo. Além disso, parei porque não tinha mais nada a fazer em termos de música”, revelou, em raríssima entrevista de 1971.
Voltou, atendendo a um pedido de Dona Darcy Vargas, para participar, como amador, do espetáculo Joujoux e Balangandãs quando cantou, com Maria Clara Correia, a marcha Joujoux e Balangandãs e, sozinho, o samba Voltei a cantar composto especialmente para o espetáculo por Lamartine Babo.



Mário Reis se apresentou vestido de casaca e, na entrevista que concedeu à Rádio Jornal do Brasil, ele diz que esta foi a primeira vez que o samba entrou no Municipal, e de casaca. A festa ocorreu nos dias 28 e 30 de julho de 1939 e tratava-se de uma seqüência de cenas costuradas por um texto de Henrique Pongetti, Lea Azevedo da Silveira e Ilda Boavista transformando-se no show de elite mais comentado da época.


Mário Reis foi nosso vizinho ilustre de Copacabana, quando passou a residir no Hotel Copacabana Palace, em 1957 - na Av. Atlântica, 1702 -  onde se manteve até o fim da vida, ocupando o quarto nº 140.
Resultado de imagem para mario reis e copacabana palace


Resultado de imagem para mario reis e copacabana palace

Em 1971 gravou seu último LP intitulado apenas "Mário Reis", lançado simultaneamente com um show de 3 dias que apresentou no Golden Room do Copacabana Palace, e pelo qual recebeu a importância de 5 mil dólares por dia.





Vale lembrar que em 1995 Mario foi personagem central do filme O Mandarim, de Júlio Bressane. Nele, Mario, interpretado por Fernando Eiras, se encontrava com diversas gerações de músicos brasileiros fundamentais, de Sinhô e Noel Rosa a Caetano Veloso. São encontros que de fato aconteceram, e que atestam a importância de Mario como influência preponderante no estilo de cantar de dez entre dez grandes nomes da música popular.

Uma curiosidade

O lado A do disco "Mário Reis" tem 6 músicas e o lado B tem 5. A razão é que uma das músicas do lado B foi censurada e Mário se negou gravar outra em seu lugar. Trata-se de uma música de Chico Buarque de Holanda intitulada Bolsa de Amores.






Grande sucessos de Mário Reis foram, dentre outros:

Jura (Sinhô) 
Gosto que me enrosco (Sinhô) 
Filosofia (Noel Rosa e André Filho)
Agora é cinza (Bide e Marçal)
Se você jurar (Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves)
Linda morena (Lamartine Babo) 
Cadê Mimi? (João de Barro e Alberto Ribeiro)
Linda Mimi (João de Barro)
Fita amarela (Noel Rosa) 
Dorinha!… Meu amor (José Francisco de Freitas)
Alô… Alô (André Filho)
Isto é lá com Santo Antônio (Lamartine Babo)
Mulato bamba (Noel Rosa) 
Rasguei a minha fantasia (Lamartine Babo)
Deixa esta mulher sofrer (Ary Barroso) 
Joujoux e balangandãs (Lamartine Babo)
Ora vejam só (Sinhô) 
Flor tropical (Ary Barroso)

Mário Reis morreu aos 74 anos, mas deixou o legado de se ser o primeiro inovador na música popular brasileira,


sábado, 13 de maio de 2017

HERIVELTO MARTINS


  . Rua Otávio Correa, 84 - Urca   

Resultado de imagem para herivelto martins e lurdesHerivelto Martins (1912-1992) - nome completo Herivelto de Oliveira Martins - foi um dos maiores compositores brasileiros , referência da MPB entre as décadas de 1930 e 1950.

Nasceu na Vila de Rodeio, hoje município de Engenheiro Paulo de Frontin. Após uma discussão com o pai, aos 18 anos de idade e com apenas 1 conto e 200 réis no bolso, Herivelto veio para o Rio de Janeiro, com o desejo de tentar a carreira artística.

Herivelto Martins teve sua trajetória musical bem dividida em duas partes: antes e depois de Dalva de Oliveira.

No Bar do seu Machado, no Morro de São Carlos, onde comia durante a semana, teve a oportunidade de conhecer os grandes sambistas que por ali moravam.

Imagem relacionadaEm 1932, Herivelto Martins conheceu Francisco Sena, com quem formou a  Dupla Preto e Branco e passou a compor para ela. Com a morte de Sena, Herivelto passou a atuar sozinho até conhecer o cantor e compositor Nilo Chagas, com quem formou a nova Dupla Preto e Branco. Em 1936, eles conheceram a cantora Dalva de Oliveira no Cine Pátria, onde trabalhavam. E começaram a ensaiar juntos em busca de algo diferente, e passaram a se apresentar os três. Gravaram em 1937 e o disco foi um sucesso , sendo o trio contratado pela Rádio Mayrink Veiga, para o programa de César Ladeira , onde pela primeira vez ele anunciou os três cantores como Trio de Ouro (foto acima).

Herivelto casou com Dalva e a década de 1940 foi o auge da trajetória do Trio de Ouro.

Herivelto Martins compôs sambas, sambas-canções inspirados no cotidiano, como Praça Onze (com Grande Otelo), Isaura (com Roberto Roberti), A Lapa (com Benedito Lacerda) e sambas-canções como Caminhemos, Atiraste uma Pedra (com David Nasser) e Ave Maria do Morro.

Com a separação de Herivelto e Dalva de Oliveira, o trio se desfez em sua primeira formação, e mais tarde foi reorganizado outras duas vezes,, com outras duas cantoras, mas sem o sucesso dos tempos de Dalva

Resultado de imagem para herivelto martinsA vida conjugal de Herivelto e Dalva foi sempre muito tumultuada. E suas brigas  protagonizaram um escândalo nacional. Um verdadeiro duelo musical. Ele, de um lado juntamente com David Nasser (jornalista e compositor) e Dalva de outro, sustentada por letras e músicas de Ataulfo Alves, Nelson Cavaquinho,Mário Rossi, J. Piedade e Marino Pinto.

Começou com o samba de Herivelto "Cabelos Brancos", respondido por Dalva com o "Tudo acabado", de J. Piedade e Osvaldo Martins.Continuou com "Caminhemos", "Quarto Vazio", "Caminho Certo" e "Segredo". Dalva rebateu com "Calúnia", "Errei sim" e "Mentira de Amor".
E o público brasileiro era quem ganhava, vivendo as músicas que embalavam os suspiros a favor, ora de Herivelto, ora de Dalva.





Imagem relacionada
Herivelto conheceu, então, Lurdes Torelly e isso foi o estopim para o rompimento da conturbada união com Dalva. E Lurdes tornou-se a companheira de Herivelto até sua morte.

Teve 7 filhos. Dois com Dalva - Peri (cantor e compositor) e Ubiratan  -  três com Lurdes: Fernando, Yaçanã e Herivelto Filho.
Herivelto, antes de se casar com Dalva, viveu com Maria Aparecida Pereira, a quem chamava de “Mariazinha”,e com ela teve dois filhos: Helcio Pereira Martins e seu irmão Hélio Pereira Martins.




Herivelto Martins foi nosso vizinho ilustre  em dois bairros do Rio: 

. No bairro da Freguesia, na Ilha do Governador

Durante alguns anos, da década de 1940, residiu com Dalva de Oliveira na casa da Rua das Pedrinhas, 65, atual  Rua Magno Martins. Na pequena residência de dois quartos foi composta a mais conhecida das composições de Herivelto, a “Ave Maria no Morro”.




Lá se hospedaram entre outros Grande Othelo e Dorival Caymmi,
Em 1943 a casa foi hipotecada como garantia de um empréstimo bancário para o financiamento de uma temporada de shows do “Trio de Ouro” na Venezuela, que acabou fracassando e a casa foi entregue aos credores.


. no bairro da Urca,

onde viveu em dois endereços: primeiro na Rua Joaquim Caetano, 3 , e depois na Rua Otávio Correa, 84.

Rua Joaquim Caetano, 3


 Rua Otávio Correa, 84

Na Era do Rádio (1930-1950) - quando esse veículo reinava absoluto entre a população e os cantores e cantoras seduziam multidões de fãs -  a carreira extensa e a produção de Herivelto sobreviveu aos mais diversos contextos e ele foi identificado como símbolo desse tempo.

Uma curiosidade
Depois de tantas composições para Dalva, Herivelto compôs para Lurdes a música "Pensando em ti". Apesar de muitos afirmarem que seria Dalva, a musa inspiradora da canção.
Em tempo: Dalva e Lurdes tornaram-se amigas.


"Pensando em ti" que teve gravação original de Nélson Gonçalves, na voz de Caetano Veloso.



sexta-feira, 5 de maio de 2017

DALVA DE OLIVEIRA, a "Rainha da Voz"



 . Rua Albano, 142 - Praça Seca, Jacarepaguá  


Hoje, há cem anos, no dia 5 de maio de 1917, nascia, na cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, Vicentina de Paula Oliveira, mais conhecida como Dalva de Oliveira  (1917 -1972), “a maior cantora popular brasileira”, na opinião de Heitor Villa-Lobos, opinião compartilhada também por Maria Bethânia. Ficou conhecida como a Rainha da Voz ou o Rouxinol Brasileiro, pois sua extensão vocal ia do contralto ao soprano. Segundo a revista Rolling Stone, foi uma das maiores vozes da música popular brasileira de todos os tempos.

Órfã de pai aos oito anos, sua mãe resolveu tentar a vida na capital paulista, onde Dalva e suas duas irmãs ingressaram no internato Tamandaré, e onde ela iniciou suas aulas de piano, órgão e canto. Foi arrumadeira, babá, ajudante de cozinha e faxineira em uma escola de dança, que possuía um piano. Ali teve início sua carreira como cantora.

No Rio de Janeiro, para onde a família se mudou em 1934, foram morar na Rua Senador Pompeu, e Dalva empregou-se em uma fábrica de chinelos como costureira. Um dos proprietários, Milton Guita, conhecido como Milonguita, era diretor da Rádio Ipanema, atual Rádio Mauá. Aprovada em um teste, em muito pouco tempo Dalva passou a se apresentar nas Rádios Sociedade e Cruzeiro do Sul, deslanchando como cantora e passando a atuar também na Rádio Philips até se transferir para a Rádio Mayrink Veiga.

Em 1935, Dalva conheceu Herivelto Martins que formava com Francisco Sena o dueto Preto e Branco. Ali nascia o Trio de Ouro ( foto ao lado) e o casamento com Herivelto, realizado em 1937, na igreja católica e em um ritual de umbanda na praia. O casal teve dois filhos: o cantor Pery Ribeiro e o produtor de programas televisivos Ubiratan Oliveira Martins

O primeiro disco foi gravado ainda em 37, na RCA Victor, com as músicas Itaguaí e Ceci e Peri, razão do nome do seu primeiro filho. Transferiram-se depois para a Rádio Tupi e para a gravadora Odeon.



A união durou até 1947, quando as constantes brigas levaram ao fim do casamento, do trio e à separação, com a troca de farpas entre ambos, traduzida nas músicas gravadas pelo casal. Matérias que difamavam a moral de Dalva foram publicadas no "Diário da Noite" e fizeram com que o Conselho Tutelar enviasse os filhos do casal para um internato. Em 1949, Dalva e Herivelto oficializaram a separação e se divorciaram.

Dalva voltou a casar-se em 1952, com seu empresário argentino Tito Clement, após uma excursão pela Argentina, e passou a residir em Buenos Aires, na casa de Tito. A cantora não queria mais ter filhos por conta de sua carreira, mas sempre quis ter uma menina. Por isto, adotou uma criança em um orfanato de Buenos Aires, a quem batizou de Dalva Lúcia Oliveira Clement. Retornou ao Brasil em 1960, separando-se de Clement em 1963, e, mais uma vez, perdeu a guarda da filha para seu ex-marido.

Seu terceiro e último casamento foi com Manuel Nuno, 28 anos mais jovem. Em 1965, ao lado do marido na direção, sofreu um grave acidente automobilístico no Rio, tendo que passar por uma cirurgia plástica, o que a afastou dos palcos por algum tempo. Em 1970, lançou “Bandeira Branca”, marcha-rancho de Max Nunes e Laércio Alves, seu último grande sucesso, ao lado das sempre lembradas Ave Maria no Morro e Estrela do Mar.




Dalva de Oliveira, a grande estrela da nossa música popular foi nossa vizinha ilustre de Jacarepaguá, na Rua Albano 142, Praça Seca.



foto de 1952 - Jornal das Moças



Dalva faleceu em 1972, aos 55 anos, e era considerada por alguns críticos musicais como a nossa Edith Piaf, mas, principalmente, como a nossa Estrela Dalva.


Curiosidade:


  • Dalva apresentou-se na BBC de Londres, em 1952, para a então princesa Elizabeth.
  • Em 1937 os estúdios Disney lançaram seu primeiro longa de animação, Branca de Neve e os Sete Anões. No Brasil, para dar voz aos personagens de Branca Neve, os estúdios Disney foram buscar os artistas radiofônicos.
    Para dublar Branca de Neve foi escolhida a cantora Dalva de Oliveira, em começo de carreira. Curiosamente, Dalva apenas fez os diálogos, não sendo a artista que emprestou voz as canções. Quem cantava na versão brasileira do filme era a soprano Maria Clara Tati Jacome (1905-1984). E com pouco mais de dois anos, o pequeno Pery Martins, filho de Dalva, foi convocado para gravar os sons e reações do anão Dunga, que não falava. Anos mais tarde, o menino ficaria conhecido como Pery Ribeiro (1937- 2012),  grande cantor brasileiro.










O blog tem como tema em MAIO ... 

NOSSOS VIZINHOS ILUSTRES DE MAIO
. Dalva de Oliveira
. Herivelto Martins
. Mário Reis
. Orlando Silva